[caption id="attachment_92037" align="alignleft" width="286" caption="Autor do pedido de audiência,
Mendonça Filho diz que governo escondeu números negativos sobre miséria"]

[fotografo]Beto Oliveira/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados realizará audiência pública na próxima quarta-feira (26), às 9 horas, para que a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, explique o aumento do número de miseráveis no Brasil. De acordo com dados publicados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no início deste mês, é a primeira vez desde 2003, quando havia 26,24 milhões de brasileiros em situação de miséria, que o indicador registra alta: entre 2012 e 2013, o número passou de 10,08 milhões para 10,45 milhões, crescimento de 3,68%.
A classificação adotada pelo Ipea leva em conta os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), baseados em uma estimativa do valor de uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias necessárias para suprir adequadamente uma pessoa; e também os parâmetros do Programa Brasil sem Miséria, que estabelece em R$ 77 per capita por mês a linha de extrema pobreza.
Para o líder do DEM, deputado
Mendonça Filho (PE), que pediu o debate, os números causam espanto. "É chocante, tendo em vista que o atual governo se vangloria da queda da desigualdade no Brasil. Esse foi, inclusive, um dos motes da campanha pela reeleição da presidente Dilma. Ao que tudo indica, o pífio crescimento econômico e a alta inflação afetaram o combate à miséria", diz.
O parlamentar acentua ainda que outra questão relevante diz respeito ao momento da divulgação dos dados relacionados ao número de miseráveis. "Optou-se por publicar números tão ruins poucos dias após o segundo turno das eleições presidenciais. O atraso na divulgação seria uma opção do próprio Ipea, tendo motivado Herton Araújo a entregar o cargo de diretor de Estudos e Políticas Sociais."
Assine a Revista Congresso em Foco