[caption id="attachment_170548" align="alignleft" width="285" caption="Paulo Roberto Costa evitou dar detalhes na CPI, mas admitiu que entregou "dezenas" de políticos e que esquema não é novo e se repete em todo o país"]

[fotografo]Geraldo Magela/Ag. Senado[/fotografo][/caption]Em conversa com parlamentares após a acareação a que se submeteu na CPI mista da Petrobras, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa disse a dois deputados que delatou de 35 a 40 políticos do PP, do PMDB e do PT em seus depoimentos à Justiça. O relato do ex-executivo é destacado pelos jornais
O Globo e
Folha de S. Paulo.
"Eu perguntei: como é isso, quantos são?'. Ele me disse que são de 35 a 40 do PP, PMDB e PT", disse o deputado Júlio Delegado (PSB-MG) ao jornal paulista.
Durante o depoimento na CPI, no qual esteve frente à frente com o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, Paulo Roberto evitou detalhar suas declarações à Justiça para não comprometer o acordo de delação premiada. Por esse mecanismo, o acusado colabora com as investigações em troca da redução da pena. Na CPI, ele disse que entregou "
algumas dezenas" de políticos, mas não precisou o número.
"Não há como virar diretor da Petrobras sem indicação política. Isso aconteceu em todos os governos. Todos! Com todos os diretores da Petrobras. Se não tivesse apoio político não chegava a diretor. Isso é fato", disse Paulo Roberto. De acordo com o ex-diretor, a forma de indicações políticas se repete por todo o país. "Não se iludam. Isso que acontece na Petrobras acontece no Brasil inteiro. Em ferrovias, portos, aeroportos. Tudo. Acontece no Brasil inteiro", afirmou.
Esquema da Petrobras repete-se pelo país, diz delator
Mais sobre a Operação Lava Jato