[caption id="attachment_180214" align="alignleft" width="285" caption="Em discurso dirigido a tucanos, Serra contou como atuou para atrasar o trem-bala"]

[fotografo]Marcello Casal Jr./Agência Brasil[/fotografo][/caption]O ex-governador e senador eleito por São Paulo em outubro, José Serra (PSDB), afirmou na quinta-feira (4) que atuou para atrasar a construção do trem-bala entre a capital paulista e o Rio de Janeiro, um dos projetos de campanha de Dilma Rousseff em 2010. Em discurso dirigido a apoiadores tucanos, ele afirmou que a proposta era "hilariante" e sugeriu a inclusão de Campinas no trajeto para postergar os estudos. As informações foram publicadas neste sábado pelo jornal
O Estado de S. Paulo.
"Enfiei Campinas logo que veio o projeto. Para quê? Para complicar, verdade, para ganhar tempo. Peguei o Luciano Coutinho, que é o presidente do BNDES, foi meu colega, um sujeito informado, e falei 'você não vai entrar nessa loucura de trem-bala, né?'. Então eu vou propor que o BNDES faça um estudo e você demora. E ele fez mesmo, demorou para burro, sabe? Para ganhar tempo", disse Serra, de acordo com a reportagem do Estadão. O projeto foi lançado em 2008, ainda no governo Lula, e tem custo estimado de R$ 50 bilhões.
Após o discurso, ao ser perguntado pela reportagem sobre o atraso, Serra admitiu que usou táticas para protelar o projeto. "Na época eu adverti que era uma loucura e que era importante o BNDES fazer um estudo sério, mesmo que isso levasse tempo. Claro que eu imaginava também ganhar tempo, mas o BNDES de fato fez esse estudo", afirmou, de acordo com o jornal. A assessoria do BNDES negou. O órgão informou que a inclusão de Campinas ocorreu por conta da demanda e do potencial da região.
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