[caption id="attachment_181609" align="alignleft" width="285" caption="Paulo Roberto Costa fez acordo de delação premiada e colabora com as investigações em troca da redução da pena"]

[fotografo]ABr[/fotografo][/caption]A Petrobras informou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que responsabilizou os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque, alvos da Operação Lava Jato, por irregularidades identificadas pela própria estatal nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo o jornal
O Globo, a companhia disse à CVM que os dois ex-diretores pressionaram técnicos e levaram a empresa a comprar equipamentos pesados para o Comperj antes da conclusão do desenho final do empreendimento.
A Petrobras estima em mais de R$ 1 bilhão, destaca a reportagem, o prejuízo com gastos de manutenção de aparelhos e outros materiais sem uso por mais tempo que o necessário, já que o projeto atrasou por ter sido alterado várias vezes. A conclusão faz parte de apuração de comissão interna aberta ano passado pela estatal para investigar as suspeitas desencadeadas pela Operação Lava Jato.
Segundo o
Globo, a Petrobras respondeu ontem o pedido de esclarecimento feito pela CVM, órgão que regula o mercado de capitais, após divulgação das conclusões da investigação interna feita pela
Folha de S. Paulo no último dia 5. O comunicado à CVM foi assinado pelo diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa.
"Cabe esclarecer que em relação aos dirigentes da companhia, o relatório da comissão aponta especificamente responsabilidades dos ex-diretores de Abastecimento e de Serviços", diz o texto encaminhado por Barbassa, de acordo com o jornal. O relatório da apuração interna é mantido em sigilo. Além da CVM, também tiveram acesso às conclusões da investigação a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União.
Ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa chegou a ser preso pela Polícia Federal. Cumpre prisão domiciliar autorizada pela Justiça e colabora com as investigações por meio da delação premiada, que prevê a redução da pena em troca de revelações do esquema e da devolução de valores embolsados indevidamente por ele. Já Renato Duque, ex-diretor de Serviços, teve a prisão preventiva revogada em dezembro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e responde ao processo em liberdade. De acordo com o
Globo, os dois ex-diretores defendem os contratos e dividem a responsabilidade com a diretoria colegiada da estatal.
Veja a reportagem do Globo
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