[caption id="attachment_183759" align="alignleft" width="285" caption="Cerveró prestou depoimento por aproximadamente três horas em Curitiba"]

[fotografo]Wilson Dias/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso ontem (14) por determinação da Justiça, afirmou nesta quinta-feira (15), em depoimento à Polícia Federal que realizou movimentações financeiras por estar desempregado desde março do ano passado. A prisão ocorreu por conta da tentativa de resgatar R$ 463 mil de uma aplicação financeira em nome da filha.
"Ele respondeu todas as perguntas, não deixou nada sem esclarecer. Ele era um diretor da Petrobras, ganhava mais de R$ 100 mil por mês", afirmou o advogado Beno Brandão, que acompanhou o depoimento de Cerveró, de acordo com o jornal
O Globo. A defesa negou que Cerveró tenha recebido propinas, rejeitou a possibilidade de existirem contas no exterior no nome dele e acrescentou que seus bens são compatíveis com a renda de ex-diretor da Petrobras. Atualmente, ele recebe aposentadoria de R$ 10 mil mensais.
Segundo a
Folha de S. Paulo, Cerveró afirmou aos investigadores federais que o lobista Fernando Soares, ligado ao PMDB e conhecido como Fernando Baiano, atuava em duas diretorias da estatal, a de Abastecimento e a de Gás e Energia. Ele disse manter uma relação de amizade com Baiano, e que ele representava empresas interessadas nos contratos com a estatal.
Cerveró foi preso na madrugada desta quarta-feira após desembarcar no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, vindo da Inglaterra. Na sequência, agentes federais o escoltaram até Curitiba, onde prestou depoimento hoje por aproximadamente três horas. Uma nova rodada deve ocorrer na próxima semana.
Mais sobre a Operação Lava Jato