[caption id="attachment_185097" align="alignleft" width="285" caption="Levy afirmou que o governo fará a "sua parte" para melhor a economia"]
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[fotografo]Marcelo Camargo/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu hoje (30) o contingenciamento dos gastos no país. "Estabelecer uma situação fiscal que dê tranquilidade imediata a todos, esse é o desafio imediato", disse ele. "Isso também envolve cortar gastos do governo", acrescentou Levy, em encontro na manhã de hoje com investidores na capital paulista.
Segundo Levy, o resultado fiscal do governo mostra que a economia precisa ser redirecionada. O objetivo do governo é reduzir alguns tipos de gastos, antes de começar a introduzir novos impostos. "Alguns gastos não são sociais, são bons porque ajudam o setor A, o setor B, o setor C, mas não são sustentáveis."
O ministro pediu, em seu discurso, que os investidores tomem a iniciativa na execução de projetos e acrescentou que a prioridade do governo é reduzir o risco coletivo. Só assim, haverá espaço para que cada empresário possa se arriscar individualmente, afirmou.
De acordo com Levy,é preciso pensar que o governo vai fazer a sua parte, "criar um quadro com menos risco, em que as pessoas possam se situar com tranquilidade fiscal". "Essa é uma tarefa que só o governo pode fazer", completou.
Levy destacou também que o país tem bons exportadores, com grande capacidade de se inserir no mercado mundial, principalmente o norte-americano e o europeu. Ele comentou que essas empresas exportadoras precisam ter capacidade de se sustentar sem o favorecimento do câmbio.
"Eu acho que o câmbio não se controla tanto assim. Não é uma variável em que se vá fazer grandes operações", disse. Levy completou dizendo que "não há intenção de manter o câmbio artificialmente valorizado".