[caption id="attachment_176250" align="alignleft" width="285" caption="Dirceu publicou em seu blog resposta a delator da Lava Jato "]

[fotografo]Agência Brasil[/fotografo][/caption]O ex-ministro José Dirceu contestou nesta quinta-feira (12) as
declarações do doleiro Alberto Youssef, um dos principais operadores do esquema de corrupção da Petrobras, sobre os repasses de dinheiro e demais benefícios supostamente recebidos de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A denúncia de Youssef foi noticiada hoje (quinta, 12) depois que o juiz federal
Sergio Moro, responsável pelas investigações em primeira instância, liberou o acesso público ao conteúdo da delação premiada, por meio da qual o doleiro colabora com a Justiça. Além dos depoimentos de Youssef, Moro tornou público também o conteúdo das delações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, outro protagonista dos desvios na estatal.
Segundo Youssef, Dirceu tinha conhecimento de que os recursos pagos por empreiteiras para fraudar contratos na Petrobras eram repassados ao PT. Dirceu e o também ex-ministro Antonio Palocci foram apontados por ele como contato do lobista Júlio Camargo, outro delator do esquema, que contou ter feito pagamentos de propina a altos funcionários da estatal em troca de contratos na empresa. Youssef disse ainda que Dirceu voava com frequência no jatinho de Camargo.
Um dos condenados do mensalão, Dirceu veiculou resposta em seu
blog por meio da qual diz que "as declarações são mentirosas". Para o ex-ministro, que ficou 354 dias preso e agora cumpre prisão domiciliar, a própria delação do doleiro o inocenta, por não apresentar provas. Além disso, assegura Dirceu, Youssef sequer soube explicar a sua "suposta participação" no esquema.
Confira a íntegra da reposta:
"O ex-ministro José Dirceu repudia, com veemência, as declarações do doleiro Alberto Youssef de que teria recebido recursos ilícitos do empresário Julio Camargo, da Toyo Setal, ou de qualquer outra empresa investigada pela Operação Lava Jato.
O ex-ministro também afirma que nunca representou o PT em negociações com Julio Camargo ou com qualquer outra construtora. As declarações são mentirosas. O próprio conteúdo da delação premiada confirma que Youssef não apresenta qualquer prova nem sabe explicar qual seria a suposta participação de Dirceu.
O ex-ministro também esclarece que, depois que deixou a chefia da Casa Civil, em 2005, sempre viajou em aviões de carreira ou por empresas de táxi aéreo."
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