[caption id="attachment_186663" align="alignleft" width="350" caption="Eduardo Cunha em ação na escolha do líder da bancada peemedebista"]
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[fotografo]Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]Uma vez conquistada a Presidência da Câmara, em 1º de fevereiro, e de posse de todas as perrogativas que o cargo confere, o PMDB prepara mais uma ofensiva contra o PT na Casa. A ideia é evitar que os petistas, que compõem a segunda mais numerosa bancada (65 deputados, um a menos que o PMDB), não ocupem a relatoria da CPI da Petrobras, que já foi formalmente lida em plenário e deve iniciar as atividades depois do carnaval. Mais: o PMDB vai deve exigir a presidência do colegiado e indicar um aliado não governista para relatar os trabalhos.
As informações constam de reportagem do jornal
O Globo desta sexta-feira (13). Três parlamentares do bloco partidário encabeçado pelo PMDB (PP, PTB, PSC, PHS, PEN, segundo os registros da Câmara), diz a publicação, confirmaram as articulações para alijar o PT do comando da CPI. "Somos o maior bloco, e a relatoria deve ficar conosco também", avisou um deles.
Depois de
nomear o deputado oposicionista Rodrigo Maia (DEM-RJ) para presidir a comissão de reforma política, e de apoiar o
deputado do "Aezão", Leonardo Picciani (PMDB-RJ), para liderar sua bancada, o novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diz não saber se as movimentações do início de sua gestão têm desgradado ao governo Dilma Rousseff. Ele demonstrou que isso não tem importância, mesmo tendo um correligionário - o vice-presidente da República, Michel Temer - alojado no segundo posto de comando do país.
"Não sei se o governo gostou ou não gostou. Mas também não estamos lá para agradar ou desagradar a quem quer que seja", sentenciou Cunha, sinalizando mais um embate com o PT.
"Vamos lutar para ficar com a relatoria [da CPI da Petrobras]. O PT não abre mão", advertiu o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), dando o tom do que será a disputa pelo posto de comando.
O jornal lembra ainda que, em pouco mais de dez dias desde a eleição de Cunha para a Presidência da Câmara, o governo já coleciona derrotas significativas em termos de agenda legislativa. Entre as "medidas indigestas" estão a aprovação da
PEC do Orçamento Impositivo - obriga a execução de emendas parlamentares no âmbito da lei orçamentária - e o
convite para que os 39 ministros de Dilma compareçam ao Congresso, semanalmente, para falar sobre seus desempenhos à frente das pastas.
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