[caption id="attachment_186349" align="alignleft" width="285" caption="Ex-diretor da Petrobras disse que presidente do Senado chegou a "furar" teto de 3% de propina destinada a políticos"]
Renan Calheiros" src="https://static.congressoemfoco.com.br/2015/02/REN.jpg" alt="" width="285" height="270" />[fotografo]Ag. Senado[/fotografo][/caption]O presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), responderá a três inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) decorrentes das apurações da Operação Lava Jato. Renan será investigado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As investigações, solicitadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foram autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, que relata a Lava Jato no Supremo.
Apesar do pedido apresentado nesta sexta por Renan para ter acesso aos autos antes da abertura do inquérito, Teori mandou abrir três apurações contra o presidente do Congresso. Em duas delas (
PET 5254 e
PET 5274), o senador terá a companhia do deputado peemedebista Aníbal Gomes (CE). Nos dois casos, ambos serão investigados por corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro.
O procurador-geral solicitou, além da abertura de inquérito, reunião de documentos, tomada de depoimento dos investigados e a quebra do sigilo do procedimento, além de diligências específicas. Em sua delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que o presidente do Senado recebeu pagamentos que "furaram" o teto de 3% estabelecido como limite dos repasses a políticos no esquema de corrupção montado em torno da Petrobras.
Segundo reportagem publicada pelo jornal
O Estado de S.Paulo, Paulo Roberto apontou o deputado Aníbal Gomes como intermediário de Renan nas conversas com a Diretoria de Abastecimento, reduto do PP no esquema. Aníbal, de acordo com Paulo, apresentava-se como "representante" do presidente do Senado.
Na terceira investigação (
PET 5260), Renan responderá pelos crimes de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Esta é a apuração que envolve o maior número de políticos entre as abertas nesta sexta-feira (6). Mais de 30 nomes são arrolados na investigação, que tem como objetivo apurar a estrutura do esquema de repasse de dinheiro para políticos do PP, do PMDB e do PT.
Renan e Aníbal não foram localizados pelo
Congresso em Foco para comentar a abertura das investigações. Nesta sexta, o advogado-geral do Senado entrou com pedido no Supremo para que Teori liberasse o
acesso aos autos ao presidente da Casa antes da instauração do inquérito. Renan reclamou de não ter sido ouvido pela Procuradoria-Geral da República antes de ter seu nome incluído na lista dos investigados.
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