[caption id="attachment_233690" align="alignright" width="360" caption="Áudio repercute em redes sociais"]

[fotografo]Juca Varella/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Em uma das gravações que se tornaram públicas após o juiz
Sergio Moro revogar o sigilo telefônico do ex-presidente, Lula é flagrado afirmando que "jamais iria para o governo para me proteger". Nesse diálogo (ouça abaixo), Lula conversava com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), sobre a situação do governo. O trecho foi interceptado no dia 9 de março, às 12h13, quando o ex-presidente ainda analisava a proposta de Dilma Rousseff para que ele assumisse o comando da Casa Civil.
Sem citar nomes, o chefe do executivo do Piauí declarou que Lula e Dilma têm o apoio de partidos e governadores. "Temos oito partidos e 21 governadores que dão sustentação às mudanças que ela (presidente) precisa fazer para valer na economia. Ela tem que ampliar um pouco o endividamento para poder ter dinheiro para fazer esse país... Não depende de Congresso e nem de nada isso aqui... Ela tem que ampliar a meta do superávit em ao menos 2 pontos na conta de alguns. Nós temos um dos menores endividamento do mundo, apesar dele ter crescido artificialmente, nesse período. Nós vamos passar de 61 para 63, sei lá, é uma merreca de endividamento", reitera Dias.
Lula concorda com Wellington Dias e afirma que "a coisa mais simples que ela (Dilma) tem que fazer é liberar financiamento para os governadores, para os prefeitos e fazer o BNDES liberar dinheiro para as obras do tal do 'PIL', do PAC, da puta que pariu".
À época, o governador do Piauí endossou o pedido para que o ex-presidente voltasse ao governo. "O Brasil precisa de você aqui (em Brasília) neste instante. Há, pelo que eu sei, disposição dela (Dilma Rousseff), e acho que vale a pena viu, presidente?", comentou Dias.
Gravações
Na terça-feira (22), o relator da
Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki determinou ao juiz federal
Sergio Moro que mantenha em sigilo todos os áudios envolvendo o ex-presidente Lula - entre os quais o que mostra
conversa entre Lula e a presidente Dilma Rousseff sobre um termo de posse como ministro da Casa Civil, a ser usado "em caso de necessidade" - iniciativa que, para a Polícia Federal, serviria como um salvo-conduto contra um eventual pedido de prisão feito por Moro.
Teori determinou ainda que Moro remeta todos os procedimentos investigatórios sobre o ex-presidente à Suprema Corte, retirando de Curitiba as decisões envolvendo Lula no âmbito da Operação Lava Jato.
Ouça o diálogo:
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