[caption id="attachment_238203" align="alignleft" width="285" caption="Cunha: "a partir de amanhã nós vamos avaliar os pedidos pendentes""]

[fotografo]Antonio Augusto/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que, caso o governo saia vitorioso da votação da admissibilidade do processo de impeachment hoje (17), a partir de amanhã a Casa dará início à análise dos pedidos de afastamento da presidente Dilma que estão pendentes. Entre eles, o que foi
protocolado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no último dia 28 (o décimo segundo pedido de impeachment), que inclui depoimentos da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS).
"Nós vamos avaliar isso. A partir de amanhã nós vamos avaliar os pendentes", disse Cunha pouco antes do início da sessão de votação.
Por outro lado, o peemedebista disse que se o plenário decidir aceitar o pedido de impeachment hoje, amanhã mesmo ele o levará ao Senado. "Se acabar muito tarde amanhã a gente leva lá no Senado", disse Cunha. A estimativa do presidente da Casa é de que a sessão não terminará entre 21h30 e 22h, como estava previsto.
Cunha também comentou sobre as articulações do governo para tentar barrar o avanço do processo para o Senado. "Na medida em que, para evitar esse processo de impeachment você vai chegando a esse estágio de feirão, de saldão é uma coisa complicada", criticou.
O deputado reafirmou que irá votar, mas preferiu não adiantar seu posicionamento. "Na hora vocês verão", respondeu. O ministro Celso de Mello decidiu ontem (16)
não admitir o mandado de segurança impetrado pelo deputado Jean Wyllys para tentar impedir o voto do presidente da Casa no processo.
Enquanto Cunha concedia uma rápida entrevista coletiva no Salão Verde antes de se dirigir ao plenário para iniciar a sessão, um grupo de deputados contrários ao impeachment começou a se manifestar com cartazes e gritando "democracia!" e "não vai ter golpe". Instantes depois, outro grupo de parlamentares do lado oposto rebateu com gritos de "Impeachment! Impeachment!".
Mais sobre impeachment