[caption id="attachment_241878" align="alignleft" width="340" caption="Presidente interino da Câmara, Maranhão foi procurado por deputados depois da decisão do STF "]

[fotografo]Antonio Augusto/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]A confusão é grande na Câmara, com o agravamento da crise política provocado pela
suspensão do mandato do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por determinação do ministro-relator da
Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. A sessão plenária desta quinta-feira (5), que originalmente estava reservada às deliberações da pauta, transformou-se em um ato de
celebração informal protagonizado por adversários de Cunha, que tomaram seu lugar na Mesa Diretora com cartazes em que lia dizeres como "Fora, Cunha" e "Tchau, querido" - este, uma alusão à fala do ex-presidente Lula para a presidente Dilma Rousseff, captada em
escuta telefônica e usada pela oposição durante o processo de impeachment, em que os petistas falavam sobre um termo de posse a ser usado "em caso de necessidade".
"Minha palavra de é serenidade. A Constituição conduz, baliza a nossa atitude. Portanto, vamos cumprir a Constituição, trabalhar pela Casa, pelo Brasil", limitou-se a dizer o deputado, cercado de jornalistas e seguranças, deixando a Câmara em seguida (veja no vídeo abaixo).
No início da tarde desta quinta-feira (5), o presidente interino que assumiu o posto no lugar de Cunha, Waldir Maranhão (PP-MA), deixou a Câmara e não informou onde iria. Ele foi questionado por jornalistas que cobrem o Congresso o que iria fazer agora e preferiu ficar calado. Disse apenas que iria convocar uma sessão deliberativa para esta tarde e iria trabalhar pela Casa e cumprir a Constituição - rechaçando, assim, apelos de alguns deputados, encabeçados por Paulo Pereira da Silva (SD-SP), em prol de uma
"rebelião" contra o afastamento determinado pelo Supremo.
Maranhão foi eleito para o cargo por influência de Cunha e até há poucos dias era seu aliado. Mas na votação da abertura do impeachment, Maranhão preferiu continuar apoiando o governo e votou contra o afastamento de Dilma. Como este
site mostrou em primeira mão, o parlamentar maranhense é
investigado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Veja no vídeo:
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