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[caption id="attachment_248264" align="alignleft" width="300" caption="Luislinda Dias de Valois Santos é considerada a primeira mulher negra a se tornar juíza no Brasil"]
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[fotografo]George Gianni/PSDB[/fotografo][/caption]Foi publicado no
Diário Oficial da União desta segunda-feira (13) a nomeação da desembargadora Luislinda Dias de Valois Santos para assumir a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), órgão vinculado ao Ministério da Justiça. Conforme
adiantou este site, o nome da desembargadora aposentada, considerada a primeira mulher negra a se tornar juíza no Brasil, vinha sendo defendido pelos partidos que integram a base aliada do governo Temer para comandar a Seppir.
Natural de Salvador (BA), neta de escravo, filha de um motorneiro de bonde e uma passadeira e lavadeira, Luislinda tem reconhecida atuação no movimento negro. A desembargadora se graduou em Direito pela Universidade Católica de Salvador, em 1978. Ela também foi professora do Colégio Militar de Salvador.
Luislinda foi procuradora-geral do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (Dner), hoje Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), antes de passar em primeiro lugar em um concurso para a Advocacia-Geral da União (AGU).
Tornou-se juíza em 1984, adotando o uso de colares de candomblé em suas audiências. Foi autora da primeira sentença de condenação por racismo no país, em 1993. Criou, em 2003, o projeto Balcão de Justiça e Cidadania, para resolução de conflitos em áreas pobres de Salvador.
Em 2011, Luislinda foi promovida a desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), conquista que a fez conhecida nacionalmente. É autora do livro
O negro no século 21.
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