Ex-ministro foi preso no âmbito da Operação Custo Brasil, na semana passada
[caption id="attachment_249606" align="alignleft" width="300" caption="Advogados de Paulo Bernardo classificaram sua prisão como "ilegal""]

[fotografo]Marcelo Camargo/Agência Brasil[/fotografo][/caption]A defesa do ex-ministro Paulo Bernardo classificou a prisão do ex-ministro como "ilegal" e disse que o petista não teve envolvimento em eventuais irregularidades cometidas no Ministério do Planejamento. O marido da senadora
Gleisi Hoffmann foi
preso na manhã desta quinta-feira (23) pela Polícia Federal, na Operação Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato. Integrantes da PF, do Ministério Público e da Receita Federal estimam que o esquema de fraudes que levou à sua prisão movimentou cerca de R$ 100 milhões em propinas entre 2010 e 2015. Segundo os investigadores, R$ 7 milhões foram repassados a um escritório de advocacia ligado a Bernardo. Desse total, 80%, cerca de R$ 5,6 milhões, foram transferidos para o ex-ministro, de acordo com a PF.
Segundo os advogados de Paulo Bernardo, o ex-ministro se colocou à disposição para prestar esclarecimentos diversas vezes, "tanto em juízo como no Ministério Público e Polícia Federal". A defesa acrescenta que "não teve acesso à decisão ainda, mas adianta que a prisão é ilegal, pois não preenche os requisitos autorizadores e assim que conhecermos os fundamentos do decreto prisional tomaremos as medidas cabíveis"
Leia a íntegra da nota da defesa de Paulo Bernardo:
"O Ministério do Planejamento se limitou a fazer um acordo de cooperação técnica com associações de entidades bancárias, notadamente a ABBC e SINAPP, não havendo qualquer tipo de contrato público, tampouco dispêndios por parte do órgão público federal. Ainda assim, dentro do Ministério do Planejamento, a responsabilidade pelo acordo de cooperação técnica era da Secretaria de Recursos Humanos e, por não envolver gastos, a questão sequer passou pelo aval do Ministro.
Não bastasse isso, o inquérito instaurado para apurar a questão há quase um ano não contou com qualquer diligência, mesmo tendo o Ministro se colocado à disposição por diversas vezes tanto em juízo como no Ministério Público e Polícia Federal.
A defesa não teve acesso à decisão ainda, mas adianta que a prisão é ilegal, pois não preenche os requisitos autorizadores e assim que conhecermos os fundamentos do decreto prisional tomaremos as medidas cabíveis
NOTA DOS ADVOGADOS"
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