Conhecido de Dilma há 50 anos, senador "traduz" o impeachment para os franceses
Congresso em Foco
30/08/2016 | Atualizado às 22h58
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[caption id="attachment_259410" align="alignright" width="380" caption="Cinco de anos de exílio em Paris renderam a Aníbal fluência na língua de Jean Jacques Rousseau "][fotografo]Agência Senado[/fotografo][/caption]O senador José Aníbal PSDB (SP) foi colega de universidade da presidente afastada Dilma Rousseff e militantes da mesma organização de esquerda na década de 1970. Ela optou pela luta armada e convidou o amigo. Ele não topou. Ela terminou presa, julgada e condenada pela ditadura militar a três nos da cadeia quando tinha 23 anos. Mesmo sem pegar em armas, Aníbal terminou exilado na França. Por lá ficou cinco anos e só retornou ao Brasil com a anistia.
Suplente do senador José Serra, que virou chanceler do governo do presidente interino Michel Temer, o tucano Aníbal vai julgar Dilma nesta quarta-feira (31) e já decidiu votar pelo impeachment da petista - ontem (segunda, 29), duelou com Dilma em plenário, em um dos momentos mais tensos da sessão de defesa, quando ambos lembraram os 50 anos de relação que os une. Os cinco anos do exílio de Aníbal em Paris lhe renderam o domínio do francês. E, hoje, o parlamentar foi procurado pela TV a cabo francesa LCI e concedeu uma entrevista na língua de Jean Jacques Rousseau (veja no vídeo abaixo).
Aníbal traduziu para os franceses as crises econômica e política que o Brasil atravessa com a desorganização sãs contas públicas. Disse à LCI que o Brasil precisa reorganizar sua contabilidade para retomar o crescimento econômico em médio prazo.
"Lá na França eles dão muito valor à organização das contas públicas", explicou Aníbal.
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