Presidente do STF, ministra Cármen Lúcia pediu para que o Senado explique a tramitação do Projeto de Lei
[caption id="attachment_272669" align="aligncenter" width="585" caption=""O Brasil está dando uma demonstração acho que de maturidade democrática", diz presidente do STF"]
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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, disse que o país está sendo reconstruído e sobreviverá à grave crise política que enfrenta. Em conversa com jornalistas na noite dessa sexta-feira (19), a ministra afirmou que sua esperança está depositada nas novas gerações e que o Brasil demonstra "maturidade democrática" ao enfrentar os "percalços" das "intempéries". No futuro, segundo ela, o atual momento será visto como uma "passagem".
"O país sempre vai sobreviver, porque o país é o povo. E o povo, o ser humano, tem o instinto de vida muito mais forte que o de instinto de morte. As gerações, eu acredito muito que vão vir coisas e pessoas boas, depois que a gente já tiver ido embora, e que vão lembrar isso como uma passagem", declarou a presidente do Supremo.
Um dos nomes cotados para uma eventual eleição indireta, Cármen afirmou que está feliz por poder cumprir sua missão no Judiciário. "Estou no lugar que eu tenho a obrigação constitucional de estar e estarei com muito gosto. Fui muito honrada de ter tido oportunidade de ser juíza, me sinto muito bem na magistratura e, se Deus quiser, até o último dia que eu estiver aqui."
A ministra evitou se pronunciar diretamente sobre as revelações da delação da JBS, que atingem o presidente Michel Temer e algumas as principais figuras da política nacional, como os ex-presidentes Dilma e Lula e os senadores tucanos
Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), entre outras.
"Preocupada com o Brasil nós estamos o tempo todo. O papel do Poder Judiciário, no que a democracia ajudar, nós estamos fazendo, temos que continuar, as instituições estão funcionando, o Brasil está dando uma demonstração acho que de maturidade democrática. Os percalços fazem parte das intempéries", disse.
Cármen também admitiu a possibilidade de dar mais estrutura ao relator da Lava Jato, Edson Fachin, devido ao volume gigantesco de informações da nova delação: "Na medida da demanda dele, a administração atende. Eu sempre fico no aguardo do relator, deste e de qualquer processo. Nós não temos os dados, que só o relator tem".
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