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Congresso em Foco
25/06/2019 | Atualizado às 10h38
A medida provisória 886, que muda as atividades de alguns ministérios, vai tramitar normalmente no Congresso, mas os trechos que tratavam da transferência da demarcação para a pasta da Agricultura, e que foram alvo da decisão liminar do ministro do Barroso, permanecerão sem validade e não serão considerados pela comissão especial, até que alguma determinação judicial mude a situação. A comissão especial aguarda indicação de membros para ser instalada. O tema deve ser pauta da reunião de líderes marcada para a tarde desta terça-feira no Senado. O presidente da casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), recebeu vários pedidos para devolver o texto ao Poder Executivo e deve discutir essa possibilidade com as bancadas. A decisão do ministro, publicada na tarde desta segunda-feira, atendeu às ações protocoladas no STF por PDT, pela Rede Sustentabilidade e pelo PT. Barroso concordou que houve reedição de medida provisória, o que é proibido pela Constituição. Segundo o ministro, outra MP, a 870, vigorou na atual sessão legislativa, e já tratava da transferência da competência para a demarcação das terras indígenas. Esta parte da MP 870 foi rejeitada pelo Parlamento em maio. "Por conseguinte, o debate, quanto ao ponto, não pode ser reaberto por nova medida provisória", explicou. "A se admitir tal situação, não se chegaria jamais a uma decisão definitiva e haveria clara situação de violação ao princípio da separação dos poderes", comentou Barroso na justificativa da decisão. A decisão é mais um golpe contra as promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro. "Ministro Barroso suspende decisão de Bolsonaro sobre a demarcação de terra indígena. Senado derruba decreto de armas que será examinado pela Câmara. Presidente cumpre promessas de campanha mas muita gente não quer deixar. Instituições a desserviço do povo", comentou a deputada Bia Kicis (PSL-DF), também em suas redes sociais. A MP 886 não trata apenas da demarcação de terras indígenas. O texto editado pelo presidente no dia 19 de junho também retirou do ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, a articulação política. Esse papel será exercido pelo futuro ministro da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos. Ele deverá ser empossado em julho em substituição ao general Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro no início do mês. Segundo o Planalto, a transição na articulação política será gradual e intensificada após a votação da reforma da Previdência na Câmara. >>Onyx nunca fez articulação política, diz Major Olimpio >>Bolsonaro descarta demarcar terras indígenas, e Ministério Público vai ao STFEspero que o pleno do STF corrija a canetada do Ministro Barroso q suspende decisão de @jairbolsonaro sobre a demarcação de terra indígena. Incrível como alguns se negam a admitir que o PR foi ELEITO e tem PODERES constitucionais. Instituições NÃO podem estar contra o povo.
- Joice Hasselmann (@joicehasselmann) June 25, 2019
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