A presidente do PT, Gleisi Hoffmann
[fotografo] Ricardo Stuckert / Instituto Lula [fotografo]
A deputada federal
Gleisi Hoffmann (PR) deve ser escolhida para um mandato de mais dois anos à frente do PT. Um membro da executiva nacional petista ouvido pelo
Congresso em Foco disse que "o que está pintando é isso".
A paranaense é a principal porta-voz fora da
prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua escolhida para permanecer no comando do partido.
Sua interlocução com Lula aumentou após decisão tomada pela Justiça Federal do Paraná de reconhecê-la como advogada do ex-presidente, possibilitando visitas mais frequentes à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde o petista está preso após ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A dúvida é sobre quem serão ou se ela terá concorrentes na disputa que vai ser decidida no dia 24 de novembro. Até o momento, além dela, nenhum petista anunciou publicamente intenção de disputar.
Ao
Congresso em Foco, Gleisi afirmou que o PT sempre teve disputa nas eleições partidárias e que acha saudável que várias pessoas postulem ao cargo.
Desde o fim das eleições presidenciais de 2018, quando Fernando Haddad (PT) perdeu no 2º turno para Jair Bolsonaro, cresceu a vontade de um
grupo petista a favor que o ex-prefeito de São Paulo ocupe um papel de destaque na sigla.
A vontade desse setor foi vocalizada em uma carta escrita pelo presidente do PT-RJ,
Washington Quaquá, na qual ele defende Haddad na presidência do PT.
No entanto, esse movimento não contou com o aval de Lula e o próprio ex-ministro da Educação não se esforçou nas articulações para viabilizar sua escolha.