Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (direita). Foto:Reprodução
Senadores e deputados da
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI mista) das Fake News, ouviram nesta terça-feira (10) o depoimento do empresário
Paulo Marinho, suplente do senador
Flávio Bolsonaro (Sem partido). Marinho disse no depoimento que Queiroz foi à sua casa três vezes acompanhando o filho do presidente Jair Bolsonaro.
O suplente afirmou, porém, que Queiroz foi na condição de motorista todas as vezes.
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Marinho chegou à comissão acompanhado do ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência,
Gustavo Bebianno. O suplente disse não saber sobre disparos de fake news por parte da equipe do presidente durante a campanha eleitoral, mas confirmou que não permanecia no local o tempo todo.
Quando questionado sobre uma declaração que deu à Globo News, na qual afirmou que foram enviadas fake news direto da sua casa, ele disse que " chegava um meme do capitão [Jair Bolsonaro], de óculos escuros, arminha na mão, eu repassava para a minha rede de Whatsapp que tinha 15 pessoas. Não tinha nenhuma consequência ali. Me atribuíram coisas que jamais aconteceram na minha residência", afirmando que foi mal compreendido.
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Quando questionado sobre se sua casa poderia ser identificada como quartel-general da campanha presidencial, ele mostrou um incômodo com o termo. "Essa expressão que vossa excelência usou há pouco, que minha casa era um QG (quartel-general), essa expressão foi cunhada pela imprensa, que transformou minha residência em um QG. Existiam outros lugares em que se fazia a campanha. O que transcorria era exclusivamente a gestão da área de comunicação, que envolvia a rede social do PSL e os programas de rádio e televisão", disse.
Na semana passada, a comissão recebeu a deputada e ex-líder do governo no Congresso, Joice hasselmann (PSL-SP), que acusou o governo de gastar quase R$ 500 mil por ano com a criação e o compartilhamento de notícias falsas na internet, por meio do"gabinete do ódio".