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Congresso em Foco
25/02/2020 | Atualizado às 16h28
A leniência do governo federal tem despertado em outros governadores o medo de que o movimento do Ceará inspire novas paralisações. Segundo João Doria (PSDB), governador de São Paulo, o assunto tem sido debatido em um grupo de WhatsApp dos governadores. "Há uma preocupação, sim, nesse sentido. Esperamos que o governo federal saiba colocar isso dentro de um sentimento institucional que não eleve ainda mais essa perspectiva", afirmou o governador ao Valor Econômico. Ele revelou ainda que o grupo tem conversado sobre a necessidade de escrever uma nova carta ao presidente, dessa vez sobre a greve da PM.Almocei hoje com o PR @jairbolsonaro, onde compartilhei algumas demandas do nosso Ceará. Agradeço ao Presidente Bolsonaro pela confiança e amizade. 🇧🇷 pic.twitter.com/JmvNnpj0GI
- André Fernandes (@andrefernm) February 19, 2020
Como as convocações para a manifestação e os ataques ao parlamento tem partido de gente próxima ao Planalto, líderes do Congresso têm reagido com vigor. Arthur Lira (PP-AL), líder do centrão na Câmara, lamentou o desconhecimento da Constituição por parte do general Heleno e disse ser um defensor das prerrogativas do Congresso. "Nesse momento de tensão e radicalização, como podemos observar nos fatos preocupantes ocorridos nesta semana, o parlamento tem um papel norteador para não perdermos o foco na busca do desenvolvimento econômico e, principalmente, social do nosso País", afirmou. Como a manifestação foi ensejada por uma declaração do general Heleno, a figura de militares tem sido exaltada nos preparativos para o ato. Isso levou o ex-ministro da Secretaria de governo, general Santos Cruz, a criticar a associação de militares a esse tipo de movimento político. Em dois tuítes, o militar chamou a atitude de grotesca e irresponsável. "Exército - instituição de Estado, defesa da pátria e garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem. Não confundir o Exército com alguns assuntos temporários. O uso de imagens de generais é grotesco", escreveu, finalizando com o destaque de que "manifestações dentro da lei são válidas". Em outro post, o general voltou a falar sobre o tema. "Exército Brasileiro - instituição de Estado, defesa da pátria e garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem. Confundir o Exército com alguns assuntos temporários de governo, partidos políticos e pessoas é usar de má fé, mentir, enganar a população". Assim como no caso do motim da PM no Ceará, o governo, que pode se beneficiar politicamente da manifestação, não tem condenado as convocações ao ato que recorrem a propostas antidemocráticas, como, por exemplo, o fechamento do Congresso Nacional. Para o líder do PDT na Câmara é inadmissível que generais cujas imagens estão sendo utilizadas na convocação do ato, como Heleno e Mourão, ainda não tenham vindo a público repudiar as ações de caráter antidemocrático. André Figueiredo relata que os líderes da Casa ainda não conversaram sobre o tema porque as convocações se intensificaram no período de Carnaval, mas, certamente, diz ele, os parlamentares vão debater o assunto e estão "prontos para resistir". A postura do presidente não tem sido criticada apenas pelos parlamentares. João Doria também se manifestou sobre o tema. Para o governador de São Paulo, o ato é "inoportuno". "Vejo com preocupação. Não podemos ter escalada autoritária. Vivemos numa democracia. O regime democrático prevê respeito pelos poderes: Legislativo, Judiciário e o próprio Executivo", afirmou. > Damares defende direito à greve a todos e que PMs possam pedir melhores saláriosSim! Há forças no congresso querendo MINAR o Governo.
Você votou no PR @jairbolsonaro esperando que o congresso governasse ou o Presidente? Você confia neste congresso? Eu estarei nas ruas para mostrar aos Senadores e Deputados q quem governa é o EXECUTIVO e não o legislativo! - Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) February 23, 2020
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