[caption id="attachment_216684" align="alignleft" width="285" caption="Senador Ataídes Oliveira: "Só tem governista aqui, fazer o quê""]
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[fotografo]Geraldo Magela/Ag.Senado[/fotografo][/caption]Parlamentares rejeitaram por unanimidade, na manhã desta quinta-feira (05), requerimento de convocação do filho do ex-presidente Lula, Luís Claudio Lula da Silva, para depor na CPI do Carf. Também foram rejeitados os pedidos de convocação da ex-ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, e do ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Os três requerimentos eram de autoria do presidente da CPI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO). "Só tem governista, fazer o quê. Tem que ser por unanimidade mesmo", alfinetou Ataídes ao final da votação. Esta não foi a primeira vez que a Comissão rejeitou pedidos de convocação dos três.
Também foram rejeitados os requerimentos de convocação e de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Carlos Juliano Ribeiro Nardes, sobrinho do ministro do TCU, Augusto Nardes, apresentados pelo senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Juliano Nardes é investigado por suposta participação no processo que envolveu a Rede Brasil Sul (RBS) no Carf.
Os requerimentos do senador Ataídes eram baseados nas investigações da Operação Zelotes, que apura esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). No caso de Luís Claudio Lula da Silva, sua empresa, LFT Marketing Esportivo, foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal no dia 26 de outubro. Documentos revelam que a empresa do advogado Mauro Marcondes, preso na operação, repassou R$ 1,5 milhão à LFT Marketing Esportivo com o objetivo de negociar a compra de medidas provisórias.
A ex-ministra Erenice Guerra também foi citada na Operação Zelotes, acusada de manter vínculo com um dos escritórios suspeitos de pagar propina a conselheiros do Carf. Gilberto Carvalho é investigado em suposto esquema de compra de medidas provisórias que favoreceu a indústria automotiva.
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