Advogado do lobista João Augusto Henriques, um dos investigados pela
Operação Lava Jato, José Cláudio Barboza Júnior negou que o dono da Refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro, não é seu motorista particular, como consta de depoimento cujo teor foi publicado ontem pelo jornal
Correio Braziliense e reproduzido por este
site. Henriques transferiu, segundo investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras, 1,3 milhão de francos suíços para uma conta do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Suíça.
Na reportagem, o jornal brasiliense informa que o economista Felipe Diniz afirmou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que Ângelo Tadeu Lauria, comprador da refinaria fluminense, na verdade é motorista de Henriques - uma espécie de laranja nas negociatas do suposto patrão, na hipótese de o relato de Diniz seja verdade. O que não é o caso, garante o advogado.
"Sei que são conhecidos, mas não possuem nenhum negócio em conjunto. Desconheço qualquer participação do senhor João Henriques em negócios - formais ou não - do senhor Lauria", declarou José Cláudio Barboza Júnior, acrescentando que desconhece "qualquer ilação" de que o atual dono do empreendimento transportasse dinheiro para o lobista. Foi isso o que o próprio Henriques declarou em 2013, em conversa cujo áudio foi divulgado pela revista
Época. Ainda segundo o advogado, seu cliente não tem qualquer relação com a Refinaria de Manguinhos.
Mais sobre Operação Lava Jato
Mais sobre Eduardo Cunha