[caption id="attachment_220173" align="alignleft" width="285" caption="Pauderney: "Vamos constranger o governo, que aceita trocar o comando da campanha contra a zika para interferir na disputa interna de uma bancada""]

[fotografo]Gustavo Lima/Ag. Câmara[/fotografo][/caption]A disputa entre as alas governistas e de oposição da bancada do PMDB na Câmara pela liderança do partido na Casa extrapolou a legenda. O candidato dos oposicionistas,
Hugo Motta (PB), ganhou o apoio do DEM, do PPS, do PSDB e do Solidariedade, na sua disputa com o governista Leonardo Picciani (RJ). Os líderes das quatro bancadas apresentaram requerimento conjunto para convocar o ministro da Saúde,
Marcelo Castro (PMDB), que é deputado licenciado, para depor sobre o prejuízo à campanha do governo de combate ao vírus da zika com a saída dele do cargo para apoiar Picciani e retornar ao posto.
"Nós vamos constranger o governo, que aceita trocar o comando da campanha contra a zika para interferir na disputa interna de uma bancada na Câmara. É uma vergonha", disse o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM).
O requerimento apresentado nesta terça-feira tem o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está empenhado em derrotar Picciani para atingir o governo. Cunha quer colocar o requerimento para ser votado ainda hoje. A votação para a escolha do novo líder do PMDB ocorrerá amanhã.
Na justificativa do requerimento de convocação do ministro, os líderes alegam que o governo não pode tratar com descaso a campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti, retirando, mesmo que por um dia, o coordenador das ações.
"O governo não pode substituir o comandante da campanha contra o mosquito no auge do combate", reclama Raul Jugmann (PPS-PE). Tanto a ala governista quanto os oposicionistas do PMDB anunciam vitória na eleição de amanhã. A vitória de Picciani representa alívio para a presidente Dilma.
Ex-aliado de Cunha, ele se aproximou do Palácio do Planalto desde a reforma ministerial promovida pela presidente no ano passado e assumiu publicamente discurso contra o impeachment da petista. Embora tente se descolar da imagem de que, na liderança será um opositor de Dilma,
Hugo Motta é a aposta de Cunha para se contrapor ao governo e levar adiante o processo de impedimento da presidente.
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