[caption id="attachment_227432" align="alignleft" width="285" caption="
Paulo Paim, autor do projeto, alega que impacto financeiro é irrelevante"]

[fotografo]Geraldo Magela/Agência Senado[/fotografo][/caption]A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira (17) o Projeto de Lei do Senado (PLS) 512/2011- Complementar, que concede aposentadoria especial a pessoas com a chamada Síndrome da Talidomida. O direito vale tanto para os servidores públicos quanto para os segurados do Regime Geral de Previdência Social (GPS).
De acordo com o texto aprovado, as vítimas da talidomida poderão se aposentar depois de 20 anos de contribuição previdenciária, independentemente da idade. No caso do servidor público, a proposta fixa mais duas condições: dez anos de efetivo exercício e cinco anos no cargo.
O autor do projeto, senador
Paulo Paim (PT-RS), explica que a ideia é regulamentar dois artigos da Constituição: o 40, que trata da aposentadoria dos servidores, e o 201, que trata da aposentadoria dos demais trabalhadores. Ao justificar a proposta, Paim destaca a necessidade de garantir o benefício aos portadores da síndrome porque essas pessoas têm "maiores dificuldades no desempenho de suas atividades laborais', pois a doença compromete a capacidade motora - afetando, sobretudo, braços e pernas.
O senador gaúcho alega ainda que o impacto financeiro da aprovação do projeto é irrelevante, "por estimar que o número de pessoas afetadas pela síndrome em foco varia de trezentos a mil indivíduos".
Para o relator, senador
Humberto Costa (PT-PE), a proposta de Paim vai amparar as vítimas da "negligência estatal em retirar do mercado medicamentos em cuja composição se encontra a talidomida". O relatório de
Humberto Costa foi lido pelo senador Dalírio Beber (PSDB-SC), que também apoiou a proposta.
Talidomida
Desenvolvida na Alemanha e comercializada no Brasil até 1965, a talidomida acarretou malformações em fetos, que resultaram em deficiências físicas, visuais e auditivas.
O projeto, que já foi foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), segue para análise do Plenário do Senado.
Mais sobre comissões
Mais sobre aposentadoria