[caption id="attachment_231606" align="alignleft" width="285" caption="Manifestação reuniu 100 mil pessoas em Brasília, segundo a Polícia Militar"]
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[fotografo]Sylvio Costa[/fotografo][/caption]O juiz federal
Sergio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava Jato, e a Polícia Federal foram as grandes estrelas da manifestação em Brasília. Em meio ao protesto contra a presidente Dilma Rousseff, o PT e o ex-presidente Lula, Moro estampava roupas, chaveiros, bandeiras e cartazes. Tratado como herói, o magistrado teve seu nome gritado por parte do público, estimado em 100 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios pela Polícia Militar. Alguns manifestantes vestiam camisetas com a frase "In Moro we trust" ("Em Moro nós acreditamos"), outros entoavam, como um cântico de estádio de futebol, "Dá-lhe, dá-lhe, Moro". Diversas vezes os animadores dos trios elétricos pediram aplausos ao juiz - e foram atendidos.
Os aplausos também foram estendidos à Polícia Federal. Faixas e cartazes, alguns erguidos por policiais federais, pediam a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC 412/2009) que concede autonomia orçamentária, administrativa e funcional à Polícia Federal. A emenda prevê que o diretor-geral da PF seja escolhido em uma listra tríplice elaborada pelos delegados e submetida à Presidência da República, que escolherá um dos nomes. Com o apoio da oposição, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), promete votar em breve a PEC em plenário. Os carros de som também pediam aplausos à Polícia Militar do Distrito Federal, responsável pela segurança do protesto.
A presidente e seu partido foram os principais alvos das palavras de ordem dos manifestantes, que gritavam "Fora, Dilma", "fora, PT" e "petralhas na cadeia". Um gigante boneco inflável do ex-presidente Lula trajado de presidiário, conhecido como Pixuleco, foi erguido em frente ao Congresso. Versões em miniatura do Pixuleco e da presidente Dilma com uma máscara nos olhos, batizada de Bandilma, eram vendidos a R$ 20 a unidade ou R$ 30 o par. Pequenas panelas estampadas com referências a Dilma e Lula também eram vendidas a R$ 35 no início da manifestação. Além do adesivo dos dois petistas, o adereço já vinha com uma colher para o manifestante fazer barulho. O preço baixou no fim do protesto: R$ 30 a peça ou R$ 50 duas unidades. A poucos metros dali, na Rodoviária do Plano Piloto, bandeiras do Brasil eram vendidas para donos de todos os tipos de bolso: de R$ 40 a R$ 1,5 mil.
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