[caption id="attachment_236831" align="alignright" width="285" caption="Para um dos responsáveis pela iniciativa, o alambrado que divide a Esplanada dos Ministérios é fruto do "discurso de ódio" estimulado pela mídia tradicional "]
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[fotografo]Lula Marques/Agência PT[/fotografo][/caption]Profissionais do audiovisual de Brasília se reúnem nesta terça-feira (12) para discutir a cobertura sobre os acontecimentos políticos que tomam conta do Brasil, especialmente, o impeachment. O evento será nesta noite, no horário do Jornal Nacional, e envolverá cientistas políticos e professores da Universidade de Brasília (UnB). A
transmissão será ao vivo, pela internet.
Veja também: o papel da mídia na cobertura do impeachment
O programa, denominado "Remoto Controle", não tem esse nome por acaso. A inversão faz parte da ideia do grupo de traçar um contraponto à abordagem que a mídia tradicional tem feito do processo de impeachment que corre na Câmara dos Deputados contra a presidente Dilma Rousseff.
O
Congresso em Foco conversou com um dos idealizadores do debate, o cientista político e documentarista Gustavo Amora. Segundo ele, apesar de os responsáveis pela iniciativa serem contrários ao processo de impedimento da presidente, o Remoto Controle estará aberto ao diálogo com todas as frentes de pensamento. Além dos três debatedores e apresentadores, cerca de 15 pessoas estarão envolvidas com a parte técnica para realizar a transmissão.
"Vamos fazer uma leitura transparente, que mostre outros aspectos que não são abordados pela narrativa da grande mídia. Se alguém discordar do que estivermos falando, pode mandar vídeo por WhatsApp, e-mail, qualquer coisa. Queremos promover o diálogo e trazer uma carga de reflexão para a sociedade", enfatiza Gustavo.
"Existe manipulação descarada da grande mídia na construção das narrativas que serão apresentadas às pessoas, e o resultado disso a gente está vendo nessa cerca no meio da Esplanada dos Ministérios [região central de Brasília]. Quem já imaginou que precisaríamos dividir as pessoas que têm opiniões diferentes? Isso é reflexo do discurso de ódio que tem sido plantado pela imprensa e nós acreditamos que a partir do diálogo que vamos construir uma democracia", acrescentou o documentarista.
Para participar do debate, basta acessar o
link e acompanhar o programa.
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