[caption id="attachment_241570" align="alignright" width="285" caption="Relator do impeachment no Senado, Anastasia chega à sala de audiências para ler seu parecer"]

[fotografo]Marcos Oliveira/Agência Senado[/fotografo][/caption]A comissão do impeachment do Senado se reúne para apresentação e discussão do relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG) sobre a denúncia apresentada por juristas contra a presidente Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade. Senadores governistas reclamam do que consideram falta de isenção de Anastasia, ex-governador de Minas Gerais e um dos principais aliados de
Aécio Neves (PSDB-MG), adversário de Dilma nas eleições de 2014.
Na última semana, deputados estaduais do PT de Minas Gerais estiveram na liderança do partido no Senado para municiar a bancada com documentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG). Segundo os petistas, os papeis mostram que o senador tucano cometeu as chamadas pedaladas fiscais durante seu governo, entre 2010 e 2014, no que seriam os mesmos casos que ensejaram, em parte, a denúncia contra Dilma.
"O governador Anastasia pedalou para frente, pedalou para trás, pedalou para os lados, pedalou para cima, fez um malabarismo fiscal. Ele não cumpria a Lei de Diretrizes Orçamentárias e nós trouxemos a prova disso, com os dados do Tribunal de Contas", disse
Rogério Correia (PT), deputado estadual de Minas Gerais.
Anastasia se defende dizendo que os casos são semelhantes, mas não iguais. O senador mineiro diz que, ao contrário de Dilma, teve as contas aprovadas em seu estado. Ao formular uma questão de ordem na comissão, o senador
Lindbergh Farias (PT-RJ) insistiu na tese de suspeição de Anastasia, exatamente pela alegada falta de isenção, e reclamou do "cinismo" dos membros do colegiado. Lindbergh os acusou de ignorar o fato de que outros governadores, como Geraldo Alckmin (PSDB-SP), também desrespeitaram as contas públicas, nas respectivas gestões, ao cometer as mesmas práticas de Dilma em relação aos orçamentos estaduais.
Amanhã (quinta, 5), a defesa da presidente Dilma, a ser feita pelo advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, terá tempo para se manifestar sobre o processo. A partir de eventual aprovação do relatório, Cardozo não mais poderá estar à frente da defesa, e Dilma terá de contratar
advogado particular para atuar nos próximos passos do processo de impedimento.
Assista ao vivo:
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