"Cunhaleco" é exibido em plenário pelo deputado Zé Geraldo (PT-PA)
[caption id="attachment_261531" align="alignright" width="300" caption=""Cunhaleco" é exibido em plenário pelo deputado Zé Geraldo (PT-PA)"]

[fotografo]Leonel Rocha/Congresso em Foco[/fotografo][/caption]Os deputados que defendem a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acusam o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de criar uma manobra para esvaziar a sessão que vai analisar o pedido de cassação do deputado fluminense, marcada para o início da noite desta segunda-feira (12). Maia decidiu suspender a sessão, inicialmente marcada para as 19h, para esperar o plenário atingir o quórum desejado por ele (ao menos 420 presentes). No momento da suspensão da sessão, havia 344 deputados na Câmara, mas apenas 158 em plenário.
Aos gritos de "fora, Cunha", deputados do contrários ao peemedebista deixaram o plenário. "Essa medida só beneficia Eduardo Cunha", afirmou Henrique Fontana (PT-RS).
Por outro lado, o relator do Conselho de Ética,
Marcos Rogério (DEM-RO), saiu em defesa de Maia e concordou com a suspensão da sessão. "Todo cuidado é pouco", ressaltou o autor do relatório favorável à cassação de Cunha, que está pronto para ser votado nesta segunda.
Segundo Rodrigo Maia, a suspensão foi decidida com base no Regimento Interno da Câmara. "Essa é uma votação que pode ter questionamento jurídico", justificou. "Não vou cometer nenhum erro regimental nessa votação", concluiu.
Os deputados interessados na cassação de Eduardo Cunha pretendem ler os nomes dos colegas que não estiverem em plenário dentro de meia hora, afim de constranger os deputados ausentes e forçá-los a comparecer à sessão.
No vídeo abaixo, Júlio Delgado (PSB-MG), que disputou o comando da Câmara contra Cunha em fevereiro de 2015, denuncia o esquema para salvar Cunha:
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