Pré-candidato à prefeitura de Curitiba, Zeca Dirceu considera desrespeitosa a possibilidade de intervenção do PT no diretório local. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
[caption id="attachment_269038" align="aligncenter" width="560" caption="Segundo a defesa de
Zeca Dirceu, "todas as doações recebidas na campanha de 2010 foram legais""]
Zeca Dirceu" src="https://static.congressoemfoco.com.br/2016/10/zeca-dirceu-e1477680712421.jpg" alt="Luis Macedo/Câmara dos Deputados" width="560" height="366" />[fotografo]Luis Macedo/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki aceitou o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e abriu inquérito para investigar o deputado
Zeca Dirceu (PT-PR) no âmbito da
Operação Lava Jato. Zeca é filho de José Dirceu, ex-ministro de Lula e atualmente preso em Curitiba por ordem do juiz
Sergio Moro. O parlamentar é suspeito de praticar lavagem de dinheiro.
O inquérito corre em segredo de Justiça e não foram divulgados detalhes sobre o caso. No ano passado, em delação premiada, o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, declarou que doou R$ 100 mil ao deputado nas eleições de 2010, a pedido de José Dirceu.
Em nota, a defesa de
Zeca Dirceu afirmou que "não há e nunca houve qualquer tipo de tratativa do parlamentar junto às diretorias da Petrobras e as empresas investigadas na Lava Jato". Afirmou ainda que o parlamentar está à disposição da Justiça para esclarecimentos.
Leia a íntegra da nota da defesa de Zeca Dirceu:
"O deputado federal Zeca Dirceu reitera que não há e nunca houve qualquer tipo de tratativa do parlamentar junto às diretorias da Petrobras e as empresas investigadas na Lava Jato.
Não existe sequer uma única ligação, e-mail, contato, agenda de reunião, testemunho, delação ou coisa parecida em relação a qualquer atitude do parlamentar.
Diante disso qualquer menção ao nome do deputado se trata de uma tentativa de envolvê-lo nos fatos simplesmente por seu pai, José Dirceu, ser um dos envolvidos na Operação Lava Jato.
Todas as doações recebidas na campanha de 2010 foram legais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral sem ressalvas.
Os nomes dos doadores são de conhecimento público há 6 anos, desde 2010, e foram no ano passado e no início deste ano divulgados novamente pelos órgãos de imprensa.
Ou seja, não existe um ÚNICO fato sequer, que justifique este pedido de investigação, que por mais que o deputado não tenha nada a temer, reforça que acredita no Supremo Tribunal Federal e no arquivamento do pedido investigação. Quanto a qualquer decisão do ministro Teori Zavascki, o deputado Zeca Dirceu informa não ter acesso ao seu conteúdo, por estar em segredo de justiça.
O parlamentar deixa claro que sempre está à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento que se faça necessário."
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