[caption id="attachment_276345" align="aligncenter" width="580" caption="Odebrecht relatou ter repassado R$ 30 milhões à campanha presidencial dos dois em 2014"]
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Lula Marques/AGPT[/fotografo][fotografo][/caption]Segundo relatos de executivos da empreiteira Odebrecht, a chapa da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer teria recebido dinheiro de caixa 2 na campanha de 2014. As declarações foram feitas em delações premiadas à força tarefa que acompanha as investigações da Lava Jato. De acordo com o jornal
O Estado de S. Paulo, em pelo menos um depoimento a Odebrecht descreve doação ilegal de R$ 30 milhões paga no Brasil para a coligação "Com a Força do Povo", formada principalmente pelo PT e o PMDB.
Os depoimentos foram dados ao Ministério Público Federal na semana passada e, conforme cita o jornal, já estão documentados por escrito e gravados em vídeo. O valor representa cerca de 10% do total arrecadado oficialmente pela campanha. Durante os depoimentos de delação premiada, os procuradores se consultavam por meio de um grupo de WhatsApp para trocar informações, conforme apurou o
Estado.
Prevista para ir a julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início de 2017, a ação que investiga irregularidades na campanha presidencial de 2014 da chapa Dilma Rousseff - Michel Temer pode ser impactada pelas declarações. A previsão é que o ministro Herman Benjamin, relator da ação, apresente seu parecer sobre o caso no início de fevereiro. Relatórios da Polícia Federal e do Ministério Público divulgados na última semana já apontavam fortes traços de fraude e desvios de recursos em contratos firmados pela chapa.
Qualquer uma das partes ou o próprio Ministério Público ainda podem fazer o pedido de compartilhamento das delações realizadas na Lava Jato, após a homologação do ministro Teori Zavascki, relator do caso no Supremo Tribunal Federal. O TSE ouviu ex-executivos de outras empreiteiras que contaram como foram feitas as doações para a chapa presidencial, mas, até o momento, não houve nenhum relato de pagamento de caixa 2 diretamente para a campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer.
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