Ato em Brasília reuniu cerca de 10 mil pessoas, segundo a Polícia Militar
[caption id="attachment_286258" align="aligncenter" width="585" caption="Ato em Brasília reuniu cerca de 10 mil pessoas, segundo a Polícia Militar"]
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[fotografo]CUT Brasília[/fotografo][/caption]
Milhares de brasileiros foram às ruas na manhã desta quarta-feira (15) em protesto contra a
reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer. A greve geral tem o apoio de trabalhadores da educação, do transporte, limpeza urbana, dentre outros. A grande adesão às manifestações indica a resistência que o governo enfrentará nas ruas para conseguir aprovar as mudanças na previdência.
Em Brasília, segundo a Polícia Militar, 10 mil pessoas participaram dos atos,
ocupando o Ministério da Fazenda e o gramado do Congresso Nacional. Parlamentares da oposição também participaram do protesto, que teve o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de vários movimentos sociais. Cerca de 450 mil alunos da rede pública de ensino do DF
não tiveram aula nesta quarta devido à paralisação dos professores. Ao todo, seis mil profissionais da educação cruzaram os braços. Os professores ainda espalharam cruzes no gramado da Esplanada dos Ministérios contra a
reforma da Previdência.
[caption id="attachment_286259" align="alignleft" width="225" caption="Ocupado, Ministério da Fazenda teve portas pichadas por manifestantes"]
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[fotografo]Gabriel Pontes/Congresso em Foco[/fotografo][/caption]"Estamos aqui contra a reforma da Previdência e a retirada de direitos trabalhistas. Não aceitamos nenhum direito a menos", afirmou o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, ao
Congresso em Foco. Na capital, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e entidades das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo lideraram os protestos. A Polícia Militar precisou fechar as ruas próximas ao protesto. Algumas vidraças do Ministério da Fazenda foram quebradas no momento da ocupação.
Deputados e senadores também participaram dos atos na capital federal. Em um trio elétrico, a senadora
Gleisi Hoffmann (PT-RS) disse que os protestos desta quarta mostram que "o povo acordou" e que os trabalhadores não vão aceitar mudanças impostas por um governo "ilegítimo" - arrancando aplausos dos presentes que responderam com gritos de "fora, Temer". Já o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou que essa é a proposta "mais cruel que um governo já ousou apresentar à população".
Em outras capitais, como Maceió, Campo Grande, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e São Paulo a população foi surpreendida com a paralisação de rodoviários e metroviários nas primeiras horas da manhã. Várias categorias, como a dos agentes penitenciários e a dos trabalhadores da limpeza urbana, também aderiram ao movimento em algumas cidades.
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