[caption id="attachment_299837" align="alignleft" width="380" caption="Renan dá adeus à liderança, mas mantém influência no Senado"]
Renan Calheiros_Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag. Brasil" src="https://static.congressoemfoco.com.br/2017/06/xxx2.jpg" alt="" width="380" height="270" />[fotografo]Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Maior bancada no Senado, o PMDB marcou para a próxima terça-feira a reunião do colegiado para escolher o novo lídr, em substituição a
Renan Calheiros (AL), que deixou o posto nesta quarta-feira (28). O nome que surge com maior chance de unificar a bancada é o de Raimundo Lira (PB). "Estou sendo lembrado , mas não estou fazendo gestão", disse o senador. Ao contrário de Renan, Lira apoia o governo e a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência.
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Se for eleito, como está sendo cotado por vários colegas, Lira tentará coordenar a bancada que está claramente divida. O grupo liderado por Renan é contra, por exemplo, a aprovação do projeto de reforma trabalhista. O senador
Eduardo Braga (AM), do grupo de Renan, apresentou voto em separado na Comissão de Constituição e Justiça propondo um texto alternativo ao proposto pelo relator do tema no colegiado, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). O PMDB do Senado repete a história da legenda desde a redemocratização, com um pé dentro e outro fora do governo.
Renan deixou o governo Temer no auge da crise politica, como fez quando era líder do governo Fernando Collor na Câmara, lá na longínqua década de 1990. Deixa o posto com um discurso para seus eleitores de Alagoas. Se diz em defesa dos aposentados e trabalhadores, por isso é contra as reformas previdenciária e trabalhista, e mira na releição no pleito de 2018. Dele próprio e do filho Renan, governador de Alagoas.
Uma pesquisa recente que o senador encomendou no Estado revelou que 72% do eleitorado recomendou que ele deixasse o governo. Portanto, Renan sai do cargo, rompe formalmente com o governo e cai nos braços do eleitor oposicionista.
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Jader Barbalho (PMDB-PA), cabe no partido tanto Renan quanto Temer, como uma reafirmação de que o maior partido do país é uma federação de pequenas legendas estaduais que usam a mesma sigla. Renan deixa a liderança e forma um grupo dissidente, com a presença de nomes como
Eduardo Braga (AM), Kátia Abreu (TO) e Hélio José (DF), por exemplo.
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