[caption id="attachment_274891" align="aligncenter" width="384" caption=" Imbassahy é um dos ministros que deixam o cargo temporariamente para defender Temer na Câmara"]
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Diário Oficial da União publica nesta quarta-feira (2) decretos assinados pelo presidente Michel Temer, com as exonerações de 10 de seus 12 ministros que são deputados para tentar barrar a denúncia contra ele por corrupção no plenário da Câmara. Apenas os ministros da Defesa, Raul Jungmann (PPS), e da Saúde, Ricardo Barros (PP), não foram exonerados. No caso de Jungmann, a justificativa para a permanência no cargo foi a ação do Exército nas ruas do Rio de Janeiro. Não foi informado o motivo para Barros não retornar ao Congresso.
Os ministros foram exonerados para participar da sessão na Câmara, nesta quarta-feira, que votará o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), contrário à admissibilidade da denúncia contra Temer. O início da sessão está marcado para as 9h e os trabalhos devem se estender por todo o dia.
São os seguintes os ministros exonerados: Antonio Imbassahy (PSDB), chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República;
Mendonça Filho (DEM), do Ministério da Educação; Bruno Araújo (PSDB), do Ministério das Cidades; Fernando Bezerra Filho (PSB), do Ministério de Minas e Energia;
Osmar Terra (PMDB), do Ministério do Desenvolvimento Social; Leonardo Picciani (PMDB), do Ministério do Esporte; Sarney Filho (PV), do Ministério do Meio Ambiente;
Ronaldo Nogueira (PTB), do Ministério do Trabalho;
Marx Beltrão (PMDB), do Ministério do Turismo; e Maurício Quintella (PR), do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Eles retornarão aos seus cargos logo após a votação na Câmara.
A discussão da denúncia só poderá ser iniciada quando estiverem presentes no plenário pelo menos 52 deputados. A votação só pode começar com a presença de 342 parlamentares em plenário e será feita por chamada nominal, começando pelos deputados de um estado da Região Norte e, em seguida, os deputados de um estado da Região Sul.
Algumas restrições de acesso à Câmara foram estabelecidas para a sessão de hoje, entre elas a proibição da entrada de visitantes. O acesso só será permitido a deputados, ex-deputados, servidores credenciados e à imprensa credenciada para a cobertura das atividades da Câmara.
Com informações da Agência Brasil
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