Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
03/10/2017 | Atualizado às 21h56
<< Efeito "eu sou você amanhã" mobiliza o Senado em torno de Aécio contra o SupremoQuatro requerimentos foram levados à apreciação do plenário, que reúne o alto quórum de 75 senadores. Um deles, da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), solicita o envio do ofício para discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os outros três, um deles de Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), querem que a votação seja transferida para 17 de outubro, uma terça-feira - uma semana depois do anunciado julgamento, no plenário do Supremo, sobre o afastamento de Aécio. "Um avião só se mantém voando quando todas as suas forças interagem. Quando uma avança em relação a outra, ela distorce o equilíbrio da aeronave. Com a democracia é da mesma forma. Para que a democracia continue a caminhar, nós precisamos regá-la todos os dias. Mas, mais do que isso, nós precisamos garantir o equilíbrio entre os Poderes", discursou Renan Calheiros (PMDB-AL), réu no Supremo e, a exemplo de Aécio, um dos principais alvos da Operação Lava Jato. Lídice da Mata se contrapôs ao argumento do peemedebista. "O que nós estamos propondo aqui é que o Senado não estimule um processo de confronto entre dois Poderes da Nação. O que nós estamos propondo aqui não é nenhum tipo de covardia, não é nenhum tipo de medo de enfrentamento do Supremo Tribunal Federal. Nós estamos chamando atenção desta Casa para isto: nós estamos indo numa batida de crise política e institucional", disse a parlamentar baiana. Até parte da bancada do PT, embora acuse e peça condenação de Aécio, quer que o Senado decida a questão. Para a presidente nacional do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR), que é ré na Lava Jato, não há base legal para o afastamento do tucano. Dirigindo-se a Aécio, que não pode entrar no Senado, a petista disparou: "Quantas vezes o senhor veio à tribuna nos chamar de quadrilha, de criminosos, dizendo que a gente inflamou o país? Vossa excelência está exatamente colhendo o que plantou". "Eu quero que ele pague pelo que cometeu. E ele cometeu muito mal." A sessão foi prenunciada com o discurso em que o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), desferiu ataques a adversários e à imprensa, com críticas comedidas à decisão do STF. Na explanação, Jucá fez menção ao caso do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso desde outubro de 2016 e condenado na Lava Jato a 15 anos de reclusão. Acusado de obstrução de Justiça, Cunha também foi afastado pelo STF e, semanas depois, cassado com o voto de mais de 400 deputados em plenário.
<< "Janot teve que engolir a sangria", diz Jucá em discurso contra afastamento de Aécio pelo STFDiante do caso de Cunha, partidos ajuizaram no STF uma ação direita de inconstitucionalidade para que o Supremo esclarece em que termos se dá o afastamento de um parlamentar. Presidente do Supremo, a ministra Cármen Lúcia marcou para 11 de outubro o julgamento da demanda partidária.
<< PT vai ao Conselho de Ética contra Aécio depois de criticar afastamento do senador pelo STF
Tags
Temas
LEIA MAIS
Previdência Social
Alcolumbre prorroga programa de enfrentamento da fila da previdência
Recursos Emergenciais
Congresso promulga lei de crédito extraordinário para o RS em 2025
SEGURANÇA PÚBLICA
Guardas municipais comemoram decisão do STF sobre policiamento