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Congresso em Foco
02/05/2018 | Atualizado às 12h18
<< Leia a reportagem da Folha de S. Paulo na íntegraPreso pela Polícia Federal no dia 6 de abril, sob acusação de ter desviado R$ 7,7 milhões da obra do Rodoanel, Paulo Preto foi diretor de engenharia da Dersa no governo de José Serra (PSDB), entre 2007 e 2010. O ex-diretor da Dersa foi alvo da primeira denúncia da Lava Jato em São Paulo, apresentada pelo MPF no dia 22 de março. Paulo Preto é apontado como operador do ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, senador José Serra (PSDB). O empresário foi citado por diversos delatores da Lava Jato por cobrar propina nas obras do trecho sul do Rodoanel. "Alegando razões de experiência em grandes obras, a gestão Kassab decidiu entregar para a Dersa duas delas: o Complexo Jacu-Pêssego, que custou R$ 1,47 bilhão, e a Nova Marginal Tietê (R$ 937,2 milhões). A prefeitura cuidou de outras quatro obras, como a ligação da avenida Roberto Marinho com a rodovia Imigrantes, interrompida pelo prefeito Fernando Haddad (PT), mas que consumiu R$ 350 milhões, principalmente em habitação social", diz o jornal. O esquema de combinação com as empreiteiras, com organização por divisão de obras, bem como a forma de cobrança, está relatado nos dois acordos que a Odebrecht assinou com a Procuradoria Geral da República e o Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade). As investigações apontam um recebimento um pouco menor, algo em torno de R$ 150 milhões. Por isso, a multa aplicada às empresas, que geralmente corresponde a duas vezes o valor da propina, deve chegar a R$ 350 milhões. Ao jornal, o advogado Daniel Bialski, que defende Paulo Preto, diz que ele jamais pediu contribuições ilegais para empreiteiras nem coordenou divisão de obras. Além disso, Biaski alega que os delatores que acusam Paulo agem por vingança. De acordo com ele, o ex-diretor da Dersa era muito exigente com prazos e qualidade das obras. Já Gilberto Kassab ressaltou que "as licitações citadas, realizadas pela Prefeitura de São Paulo, ocorreram de forma lícita e transparente, obedecendo todas as disposições legais, em defesa estrita do interesse público". Serra não quis se pronunciar. A Dersa diz que "as obras foram licitadas de acordo com a lei, e os pagamentos, realizados diretamente aos consórcios ou empresas contratados".
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