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Congresso em Foco
12/5/2018 | Atualizado às 17:18
<< Gilmar ataca magistratura e vota por restrição de foro a parlamentar. Decisão foi unânime no STF << Quase 60 mil pessoas têm direito a foro privilegiado no BrasilPente-fino O primeiro ministro a remeter processos para a primeira instância após o julgamento foi Dias Toffoli, que assinou despachos declinando ações e inquéritos ainda no mesmo dia da decisão em plenário. O ministro Luís Roberto Barroso, que já havia enviado três processos ainda antes do julgamento, confirmou a remessa desses e de ao menos outros sete. Ações penais e inquéritos foram remetidos para a primeira instância também pelos ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Cármen Lúcia, presidente do STF. No caso de Marco Aurélio, por exemplo, foi feito um verdadeiro pente-fino no gabinete, sendo remetidos para a primeira instância 45% de todos os processos contra parlamentares que estavam sob sua relatoria. Entre os inquéritos declinados estão investigações como a que apura a participação do senador Aécio Neves (PSDB) em desvios de cerca de R$ 5 milhões nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais, entre 2007 e 2009, quando foi governador. O caso foi enviado pelo ministro Alexandre de Moraes para a Justiça mineira. A defesa disse que a declinação do processo já era esperada e negou qualquer envolvimento do parlamentar em irregularidades. Critérios A grande maioria dos processos remetidos a outras instâncias se enquadra na tese de que o parlamentar não ocupava o cargo na época em que os supostos delitos teriam ocorrido. É o caso do inquérito enviado por Fachin ao juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava Jato no primeiro grau, no qual o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção, ainda em 2016. Ele foi acusado de ter recebido ao menos R$ 41,5 milhões em propina de empreiteiras que atuaram nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Os crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2011, quando o senador era secretário estadual. A defesa nega as acusações e diz ter"certeza" de que a denúncia será rejeitada em qualquer grau de jurisdição. Alguns processos, porém, dizem respeito a crimes que teriam ocorrido quando o parlamentar já havia assumido o cargo, mas que não tem relação com o exercício do mandato. É o caso do inquérito em que o deputado Tiririca (PR-SP) é investigado por assédio sexual, e que foi remetido à Justiça de São Paulo pelo ministro Celso de Mello. Não há detalhes sobre a investigação, que corre em sigilo. Confira abaixo os demais parlamentares que tiveram processos remetidos a outras instâncias: Ações penais Senador Ivo Cassol (PP-RO) - Justiça Eleitoral de Rondônia Deputado Hidekazu Takayama (PSC-PR) - Justiça estadual do Paraná Deputado Alberto Fraga (DEM-DF) - Justiça do Distrito Federal Senador Dário Berger (PMDB-SC) - Justiça estadual de Santa Catarina Deputado Marcos Reátegui (PSD-AP) [duas ações penais] - Justiça Federal do Amapá e Justiça estadual do Amapá Deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG) - Tribunal Regional Federal da 1ª Região Deputado Cícero Almeida (PHS-AL) - Justiça estadual de Alagoas Senador Cidinho Santos (PR-MT/licenciado) - Justiça estadual do Mato Grosso Deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL) - Não divulgado Deputado Helder Ignácio Salomão (PT-ES) - Justiça estadual do Espírito Santo Deputado Roberto Góes (PDT-AP) - Justiça Estadual do Amapá [5 ações penais]
<< Bancada dos investigados no Congresso diminui, mas número de investigações aumenta << Restrição de foro privilegiado deve tirar 95% dos processos de parlamentares no STF, diz estudo
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