Assumindo em momento de baixa, governo Tarcísio acumulou um aumento de 60% nas mortes por violência policial em São Paulo. Foram 676 em 2024. Foto: Sérgio Lima/PODER 360
O atual governador de São Paulo,
Rodrigo Garcia, se reuniu nesta terça-feira com o ex-ministro da infraestrutura
Tarcísio de Freitas, candidato ao segundo turno na disputa para o governo do estado e nome indicado pelo presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, Garcia declarou seu apoio à candidatura de Tarcísio, que avaliou a adesão de tucanos à sua campanha como "natural", mas dispensando a possibilidade de dividir palanque com membros do
PSDB.
"Eu preguei mudança o tempo todo, não faz sentido agora estar com eles [PSDB] no palanque. Agora, eles têm capilaridade, têm boas políticas que precisam ser preservadas. E entendo que eles podem ter um papel fundamental na eleição do presidente. Eu vou seguir na linha que eu me comprometi com o Estado de São Paulo, que é uma linha de mudança, preservando o bom legado", disse Tarcísio, conforme registrado pelo jornal
Folha de S. Paulo.
De acordo com Tarcísio, o PSDB não representa os ideais de sua campanha, mas são uma força política necessária para fortalecer a candidatura de
Bolsonaro. Além disso, o ex-ministro avalia que existem políticas públicas implementadas pelos tucanos em SP que precisam ser preservadas, e que pretende preservar esses projetos e programas em uma eventual gestão.
O encontro se deu em um momento crítico para o PSDB. Pela primeira vez em mais de 25 anos, o partido não elegeu o governador de São Paulo, nem governa a capital. No Congresso Nacional, o quadro não é diferente: das 29 cadeiras obtidas na Câmara dos Deputados em 2018, a sigla passa a ter apenas 18 a partir de 2022. O posicionamento do partido em meio à disputa entre
Lula, pelo PT, e Jair Bolsonaro, pelo PL, poderá definir o papel dos tucanos pelos próximos anos.