CPI adia depoimento de ex-CEO da Americanas e ouve antigo diretor financeiro
Miguel Gutierrez apresentou atestado para justificar ausência na CPI das Americanas. STF chegou a decidir que executivo poderia ficar calado
Congresso em Foco
01/08/2023 | Atualizado às 23h58
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Sessão da CPI da Americanas, na Câmara. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
A CPI das Americanas, que investiga a possibilidade de fraude contábil na companhia, adiou o depoimento do ex-CEO Miguel Gutierrez marcado para esta terça-feira (1º). O executivo apresentou um atestado médico justificando sua ausência.Com isso, a comissão se reúne para ouvir a sócia de auditoria da KPMG no Brasil, Carla Bellangero, o líder de auditoria da Pricewaterhouse Coopers Auditores Independentes Ltda, Fábio Cajazeira Mendes, e o ex-diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Americanas S. A. Fábio da Silva Abrate. A Americanas pediu recuperação judicial no dia 19 de janeiro após anunciar um rombo contábil de R$ 20 bilhões. CEO das Americanas por 20 anos, Gutierrez pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (25), para não ser obrigado a depor na comissão. Em decisão monocrática, o ministro André Mendonça determinou a obrigação de comparecimento, mas garantiu ao executivo o direito ao silêncio diante de perguntas em que a resposta possa autoincriminá-lo.
O depoimento de Gutierrez ainda não tem data marcada para ser realizado.
A inconsistência contábil na Americanas foi revelada por Sérgio Rial, executivo que sucedeu Gutierrez no cargo. Ele se demitiu após nove dias na direção.