Lewandowski cede às pressões da base governista e julgamento deve se estender pelo final de semana
[caption id="attachment_255942" align="alignleft" width="300" caption="Sessão do impeachment no Senado começou às 9h30 e deve avançar pela madrugada"]

[fotografo]Geraldo Magela/Agência Senado[/fotografo][/caption]Apesar de serem necessários apenas 41 votos para que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) se torne
ré no processo de impeachment, o Planalto trabalha para ter uma votação significativa no plenário do Senado nesta terça-feira (9). A equipe do presidente interino Michel Temer (PMDB) estima que terá 60 votos, o que daria tranquilidade para o governo e fortaleceria o peemedebista junto ao Legislativo.
Ao vivo: senadores decidem se Dilma vai a julgamento
O objetivo do governo é garantir ampla margem de segurança para Temer na votação de hoje para que chegar com vantagem ao julgamento final, que deve começar no dia 25 de agosto. Na última votação são necessários 54 votos para que Dilma seja afastada definitivamente. Na fase de admissibilidade do processo, em 12 de maio, o Senado registrou 55 votos contra a petista e 22 a favor.
No planejamento do Planalto, espera-se contar com os votos dos senadores João Alberto (PMDB-MA), que votou a favor de Dilma na primeira votação,
Jader Barbalho (PMDB-PA) e
Eduardo Braga (PMDB-AM), que não compareceram em maio. Outro voto que o Temer trabalha para garantir é o do suplente do ex-senador Delcídio do Amaral, Pedro Chaves (PSC-MS), que não havia tomado posse na primeira votação.
Por outro lado, os aliados de Dilma já trabalham para garantir votos no julgamento final. Os petistas apostam nas
mobilizações de rua, nas ações da
Operação Lava Jato, na cassação de
Eduardo Cunha e nas falhas do governo Temer para virar o jogo no plenário do Senado.
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