Cunha renunciou à presidência da Câmara, mas segue como deputado afastado
[caption id="attachment_255816" align="alignleft" width="300" caption="Cunha renunciou à presidência da Câmara, mas segue como deputado afastado"]

[fotografo]João Cruz/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Está marcado para logo mais, às 14h, a leitura do parecer do relator da representação contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética, deputado
Marcos Rogério (DEM-RO), favorável à cassação do ex-presidente da Câmara. A partir da leitura, o processo passa a ter prioridade na pauta de votações da Casa, porém, a data do veredito segue indefinida. Aliados do peemebista, já anunciaram que vão esvaziar a sessão da votação, e a leitura do parecer também deve ser marcada pelo baixo quórum. O PR, por exemplo, orientou a bancada para só comparecer a partir de amanhã (terça, 9).
A votação que selará o destino de Eduardo Cunha caminha para ter
recorde de abstenções. Estima-se que 200 deputados não comparecerão ao plenário para votar a cassação. Com a estratégia, aliados pretendem adiar ainda mais o processo, que foi instaurado em outubro do ano passado. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) já afirmou que não pautará o caso com menos de 400 parlamentares presentes. Como são necessários 257 votos para tirar seu mandato, as ausências ajudam Cunha.
A prioridade real dos deputados, segundo Maia, serão as matérias econômicas, como o projeto que trata da renegociação das dívidas dos estados com a União, que está na pauta desta segunda-feira (8). Otimista com a aprovação do primeiro texto da matéria, Maia afirmou que "se limitar os gastos da inflação, está resolvido o problema".
O processo contra Cunha já tramita na Câmara há mais de dez meses. Partidos oposicionistas como PT, PCdoB e Psol cobram do presidente da Casa uma resposta sobre o caso. "Esse processo já passou de dez meses, portanto, não cabe pautar nenhum projeto, nenhuma prioridade do governo provisório golpista, sem que se vote a cassação do deputado Eduardo Cunha", disse a líder da minoria,
Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
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