Eduardo Cunha renunciou à presidência da Câmara em 7 de julho, mas segue como deputado afastado
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[fotografo]José Cruz/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) indicou 13 parlamentares para deporem como testemunhas em uma ação penal que ele responde no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo em questão apura o recebimento de propina pela venda de navios-sonda da Petrobras.
Entre as testemunhas arroladas pela defesa de Cunha estão o senador Edison Lobão (PMDB-MA) e os deputados federais do PMDB Washington Reis (RJ), Pedro Chaves (GO),
Hugo Motta (PB), Fernando Jordão (RJ), Manoel Júnior (PB), Alberto Filho (MA), Flaviano Melo (AC) e Saraiva Felipe (MG). Ainda completam a lista Felipe Bornier (PROS-RJ) e Marcelo Agro (PHS-MG). Todos compõem o chamado "centrão", grupo de apoio criado por Eduardo Cunha quando esteve à frente da Câmara.
O ministro do Supremo Teori Zavascki marcou para a próxima semana, nos dias 30 e 31 agosto e 1º de setembro, o início dos depoimentos das testemunhas de defesa na ação penal a que
Eduardo Cunha responde na Corte.
Os depoimentos ocorrerão na ação penal em que Cunha é réu no crime de corrupção, acusado de receber US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras, no âmbito da
Operação Lava Jato.
De acordo com as investigações, Eduardo Cunha pressionou, a partir de 2010, o ex-consultor da empresa Mitsui e um dos delatores da Lava Jato, Júlio Camargo, para que este voltasse a pagar propina por um contrato de navios-sonda com a Petrobras, cuja negociação foi interrompida por problemas jurídicos.
Cunha também é réu em outra ação penal, que investiga contas secretas na Suíça, e responde a pelo menos outros seis inquéritos no STF.
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