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[caption id="attachment_260262" align="alignleft" width="300" caption="Renan viajou para a China com a comitiva de autoridades do governo"]
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[fotografo]Beto Barata/PR[/fotografo][/caption]O presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), que integra a comitiva de autoridades brasileiras em viagem à China, comentou neste sábado (3) o julgamento fatiado do impeachment de Dilma Rousseff. O peemedebista disse que seria "desproporcional" aplicar a pena da inabilitação para o exercício das funções públicas, além da cassação do mandato. "Era desproporcional afastar e punir", avalia Renan.
O presidente negou que, nos bastidores, a manutenção dos direitos políticos de Dilma tenha sido objeto de negociação. Renan também ressaltou que o procedimento adotado no julgamento do impeachment não abre precedente que possa
beneficiar o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ou o senador cassado Delcídio do Amaral (MS).
Delcídio apresentou um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (2), em que solicita a restauração de seus direitos políticos, utilizando como argumento a decisão que favoreceu Dilma. Aliados de Eduardo Cunha avaliam que a mesma tese poderá ser utilizada para poupar o peemedebista em seu processo de cassação."Nenhuma [brecha] para Eduardo Cunha e Delcídio [do Amaral]", disse Renan.
O presidente também comentou os
recursos apresentados no STF por partidos de oposição à petista contra a votação que preservou seus direitos políticos. Para ele, há "uma judicialização da política", e cabe à corte avaliar aspectos procedimentais do julgamento. Quanto à reação de Dilma, que em entrevista a jornalistas estrangeiros no Palácio do Alvorada nesta sexta-feira (2), disse considerar
"estranhíssima" a dupla votação, Renan não deu muita importância e argumentou: "Claro que ela não se sente contemplada por isso, ela queria não ter sido afastada".
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