Dilma encontra com manifestantes ao deixar Palácio da Alvorada
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[fotografo]Roberto Stuckert Filho/PR[/fotografo][/caption]A ex-presidente Dilma Rousseff deixou o Palácio da Alvorada na tarde desta terça-feira (6). Agora, a petista segue para Porto Alegre, onde vive sua família. Antes de deixar o local, Dilma foi em direção aos manifestantes que a aguardavam do lado de fora do Palácio desde o início da tarde. A ex-presidente recebeu flores e apoio dos presentes. Apesar de ter até 30 dias para deixar a residência oficial da Presidência da República - prazo que começou a ser contabilizado no último dia 31, quando o Senado
cassou seu mandato - Dilma preferiu agilizar a mudança para o sul.
Durante todo o dia a ex-presidente recebeu visitas. Entre elas, os senadores
Lindbergh Farias (PT-RJ) e Jorge Viana (PT-AC); e do ex-ministro do Desenvolvimento Agrário dos governos Lula e Dilma, Miguel Rosetto. Além deles, o advogado de defesa da presidente cassada, José Eduardo Cardozo, acompanhava Dilma quando ela deixou o Palácio. Para ele, a solidariedade do público que aguardava a ex-presidente demonstra que ainda existe "luta pela democracia".
Na capital gaúcha, para onde Dilma faz sua última viagem com avião da Força Aérea Brasileira (FAB), vivem Paula Araújo, filha da ex-presidente, junto ao genro e os dois netos. Nascida em Belo Horizonte, Dilma adiantou ainda que pretende passar um período no Rio de Janeiro, onde sua mãe, Dilma Jane, reside.
A ex-presidente deixou a residência oficial no mesmo dia em que Michel Temer chegou de viagem da China.
Impeachment
Na última quarta-feira (31), senadores aprovaram, por 61 votos a 20, o impeachment da então presidente da República. De acordo com entendimento do Senado, Dilma cometeu crimes de responsabilidade fiscal com a emissão de créditos suplementares para o Plano Safra e pelos decretos que resultaram no aumento de gastos do governo sem a autorização do Congresso.
Entretanto, parlamentares decidiram, no dia da votação, analisar as penas a serem atribuídas a Dilma em duas votações. Na primeira, o mandato da ex-presidente foi cassado. Na segunda, senadores entenderam que os direitos políticos de Dilma deveriam ser mantidos. Dessa forma, a petista garantiu a possibilidade de ocupar qualquer função pública e de se candidatar às eleições de 2018, por exemplo.
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