[caption id="attachment_253984" align="aligncenter" width="600" caption=""Somos muito zelosos com o devido processo legal. A gente segue a lei e outros seguem a política", diz juiz"]
Sergio Moro_Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil" src="https://static.congressoemfoco.com.br/2016/07/Sérgio-.jpg" alt="" width="600" height="400" />[fotografo]Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr[/fotografo][/caption]O juiz
Sergio Moro, que comanda a
Operação Lava Jato na Justiça Federal, terá de se pronunciar nos próximos dias se aceita ou não a
denúncia proposta pelo Ministério Público, por lavagem de dinheiro e corrupção, contra o ex-presidente
Lula, sua esposa, Marisa Letícia, e outras seis pessoas. Moro foi questionado pela revista
Veja se o ex-presidente será preso. "Sem comentários", respondeu o magistrado. Ele disse não saber até onde vai a operação.
Na quarta-feira (14), mesmo dia em que os procuradores da força-tarefa da Lava Jato denunciavam Lula como o "
comandante máximo" do petrolão, Moro se apresentava como o principal convidado de um seminário nos Estados Unidos sobre a formação de líderes íntegros e a difusão de bons valores na política, promovido pela Universidade da Filadélfia. O repórter Rodrigo Rangel viajou até lá e fez uma breve entrevista com Moro:
"A Lava Jato já prendeu alguns dos maiores empresários do país e alcançou dezenas de políticos dos mais importantes. O que ainda falta?
Não tenho ideia. Nem eu sei aonde a Lava Jato vai chegar.
Como enxerga a crítica de que a Lava Jato tem atropelado direitos dos investigados?
Somos muito zelosos com o devido processo legal. A gente segue a lei e outros seguem a política.
Que outros?
Aí fica para sua interpretação.
Dias atrás, o ex-advogado-geral da União disse que o atual governo quer abafar a Lava Jato. A exemplo do que ocorreu na Operação Mãos Limpas, o senhor vê a política operando para limitar as investigações?
Não vejo nenhum movimento do atual governo no sentido de abafar as investigações.
Vou repetir a pergunta que o senhor mais ouve na rua: o ex-presidente Lula será preso?
Sem comentários.
Segundo relato da revista, Moro resumiu didaticamente a Lava Jato, mencionou a dificuldade da Justiça brasileira em julgar autoridades e disse que as manifestações de rua deram suporte à continuidade das investigações. "Há um lado negro, por revelar tanta corrupção, mas também um lado luminoso, porque mostra que o Brasil está enfrentando seus problemas e quer se tornar um país melhor, menos corrupto." Ainda durante a palestra, conforme relato de
Veja, o juiz se recusou a analisar o impeachment da ex-presidente Dilma ao ser indagado pela plateia. "Impeachment não é o meu negócio. Posso falar sobre corrupção na Petrobras", respondeu.
Leia a íntegra da denúncia contra o ex-presidente Lula
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