Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
10/10/2016 | Atualizado às 08h09
[caption id="attachment_266491" align="aligncenter" width="461" caption="Temer ignora críticas à proposta durante jantar com parlamentares: "Estamos fazendo história""]
O presidente Michel Temer (PMDB) fez, nesse domingo (9), um apelo final aos parlamentares para aprovar, na Câmara, a proposta de emenda constitucional (PEC 241/16) que limita por 20 anos os gastos públicos. Em jantar para cerca de 215 deputados e senadores, no Palácio da Alvorada, o peemedebista disse que a aprovação da medida é uma vitória da "classe política" e que qualquer movimento contrário à PEC "não pode ser admitido".
"Nós estamos cortando na carne com essa proposta e todo o qualquer movimento ou ação corporativa que possa tisnar (macular) a medida do teto de gastos públicos não pode ser admitida", defendeu em discurso. A polêmica proposta, que enfrenta resistência de entidades e da oposição, é considerada prioritária pelo presidente para reequilibrar as contas públicas. "Nós estamos fazendo história até o último dia do governo federal. E, lá na frente, vamos erguer as mãos e dizer que salvamos o Brasil", afirmou. Temer também cobrou a presença dos deputados no plenário nesta segunda-feira (10) para votar a PEC, que passou em comissão especial na semana passada. "Nós vamos dar uma sinalização histórica para o Brasil para darmos o primeiro passo para reestabelecer o crescimento da economia", discursou. Antes de Temer, falaram dois economistas e os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "Se a medida não for aprovada, o cenário é catastrófico. As taxas de juros não vão cair, a pequena recuperação econômica vai ser abortada e o final do ano de Estados e municípios vai ser semelhante ao tufão que passou no Haiti", disse Maia. O presidente da Câmara disse que pretende estender a votação até a madrugada para que a proposta seja aprovada em primeiro turno. Renan afirmou que a PEC será aprovada no Senado este ano. Antes, Temer almoçou com líderes governistas nesse domingo. O governo estima ter pelo menos 350 votos. A aprovação do texto depende do apoio de pelo menos 308 deputados em duas rodadas de votação. Em busca de votos, o presidente telefonou para cerca de 20 deputados considerados indecisos. Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República divulgou parecer em que considera a PEC inconstitucional ao transformar o Executivo em um "super órgão". Como não houve quórum para a sessão de sexta-feira, os parlamentares terão de aprovar inicialmente um requerimento para dispensar a obrigatoriedade da realização de duas reuniões em plenário antes da apreciação da PEC. A oposição, capitaneada pelo PT, promete tentar obstruir a votação. De acordo com o cerimonial do Palácio do Planalto, 215 parlamentares, entre deputados e senadores, compareceram ao jantar com Temer, que durou três horas. O custo do encontro não foi revelado. O presidente recebeu os convidados ao lado de sua esposa, Marcela Temer. Os parlamentares puderam levar familiares. A PEC 241/2016) limita os gastos públicos da União, Estados e Municípios à inflação do ano anterior. Impõe novos limites na elaboração e execução do Orçamento por 20 anos e prevê uma das mais importantes alterações no modelo de Estado desenhado pela Constituição de 1988. Também obrigará modificações em outros artigos constitucionais e em várias leis ordinárias que regem programas de governo e suas metas. As mudanças nas leis nacionais, estaduais e municipais serão obrigatórias para enquadrar na nova regra os orçamentos de todas as instâncias de poder. Mais sobre PEC 241 Mais sobre economia brasileiraTags
Temas
LEIA MAIS
CONTAS DO GOVERNO
RELAÇÕES EXTERIORES
SEGURANÇA PÚBLICA
Guardas municipais comemoram decisão do STF sobre policiamento