"Eu era um partido que não representava o que eu penso e nem me deixava sair", disse o distrital
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[fotografo]Gabriel Pontes/Congresso em Foco[/fotografo][/caption]O deputado distrital Chico Leite (Rede) defendeu, na manhã desta quinta-feira (20), a participação mais direta da sociedade civil na política brasileira. Ao contrário de outros presentes no debate sobre os novos desafios de Brasília, como o professor do Instituto de Pesquisa do UniCeub, Paulo Roberto, que crê em uma participação popular via internet que substituiria o papel dos deputados.
Segundo o deputado, "a cultura política brasileira é toda fincada em negócios", o que prejudica a qualidade do trabalho político. Para Chico Leite, o mais danoso perfil parlamentar para o Brasil é o político profissional. "Não podemos ter representantes que vivem de seus mandatos. O objetivo do mandato é servir ao público, não ganhar dinheiro", disse.
Para Chico Leite, a saída passa pela política. "A pior das decisões é se ausentar do debate e se abster de apresentar suas opiniões", afirmou. "Temos que divergir, discutir, mas sempre dialogar", defendeu o distrital, que também aproveitou para criticar o sistema político brasileiro. Apesar das críticas, Chico Leite afirmou que é possível fazer política sem dinheiro - "mas, é preciso disposição", ressaltou.
Usando seu próprio exemplo, durante o debate promovido pelo
Congresso em Foco, Chico Leite contou que queria sair do seu antigo partido, o PT, mas não podia porque corria o risco de perder o mandato. "Era um partido que já não representava o que eu penso e nem me deixava sair", contou. Por duas vezes, segundo o distrital, ele tentou ser candidato ao Senado, mas foi barrado pela cúpula partidária que preferiu apostar no nome Geraldo Magela, ex-deputado federal e atualmente sem mandato.
Página Brasília
O evento desta quinta marca o lançamento de uma nova seção neste
site, que nasce com o propósito de ajudar a compreender a capital do país. Com atualização diária, a página
Congresso em Foco Brasília pretende debater pontos centrais para o futuro da cidade, que aos 56 anos de existência já é a terceira mais populosa do Brasil, com aproximadamente 3 milhões de habitantes. O rápido crescimento da população tem trazido problemas próprios das metrópoles brasileiras, como o aumento da violência, o trânsito cada vez pior e a precariedade dos serviços de saúde, educação e transportes.
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