[caption id="attachment_268518" align="alignright" width="390" caption="Manifestantes se mobilizam na Câmara durante todo o dia contra a PEC 241"]

[fotografo]Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Um grupo de manifestantes contra a proposta que fixa limite de gastos da União (
PEC 241/2016) pelos próximos 20 anos, fez um verdadeiro "corredor polonês" em um dos acessos de deputados ao plenário, onde a matéria será votada em segundo turno nesta terça-feira (25). Aos gritos de "Não à PEC!", o grupo exibiu cartazes e repetiu protestos enquanto deputados, servidores e profissionais de imprensa transitavam e chegavam à Casa para a sessão plenária.
Alguns cidadãos contrários à proposta conseguiram autorização para assistir ao debate no Plenário da Câmara. A certa altura da discussão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), interrompeu a sessão e pediu a retirada de parte dos manifestantes das galerias superiores do plenário.
Veja no vídeo:
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As discussões em plenário estão tensas, com a nova oposição (PT, PCdoB, Psol, etc) lançando mãos dos instrumentos regimentais de obstrução. No momento, deputados se revezam em discursos contra e a favor da proposição em plenário. De um lado, governistas dizem que a proposta é essencial para o equilíbrio das contas públicas e para a recuperação da economia. De outro, parlamentares contrários à matéria alegam que ela vai promover retirada de recursos para áreas essenciais, como saúde e educação. Mas as objeções não deve representar problemas para o Planalto.
Como este site mostrou ontem (segunda, 24), o governo
já comemora a aprovação, antecipadamente. Um acordo fechado entre o Palácio do Planalto e as cúpulas dos partidos que apoiam o governo do presidente Michel Temer - PMDB, PSDB, DEM, PP e PSD, entre outras legendas menores - garante a aprovação da matéria na segunda fase de votações, quando ela terá de repetir primeiro e segundo turnos no Senado. O governo preferiu negociar direto com as direções partidárias e não com cada parlamentar, isoladamente, como aconteceu na Câmara em uma primeira rodada de tentativas.
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