Impedidos de chegar ao Congresso, manifestantes contra a PEC do teto enfrentam a PM
Congresso em Foco
13/12/2016 | Atualizado às 19h35
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Um ônibus da empresa TCB foi incendiado pelos manifestantes na via S2, próximo à Câmara dos Deputados
[caption id="attachment_275538" align="aligncenter" width="585" caption="Um ônibus da empresa TCB foi incendiado pelos manifestantes na via S2, próximo à Câmara dos Deputados"][fotografo]Reprodução[/fotografo][/caption]
Assim como no primeiro turno da votação da PEC do Teto no Senado, manifestantes contrários à proposta foram protestar em Brasília. Desta vez, porém, não conseguiram chegar ao gramado do Congresso Nacional. Uma barreira policial montada no Museu Nacional, a cerca de um quilômetro de onde acontecia a votação, proibia o grupo de passar com carros de som, bandeiras e balões de protesto. Sem que os manifestantes pudesse chegar ao Congresso, criou-se um impasse que culminou em pancadaria, spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e um ônibus queimado.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 2 mil pessoas participaram dos atos. A organização, por sua vez, preferiu não estipular público. Os manifestantes chegaram depois da aprovação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o gasto público por 20 anos no Senado. Contrariando as tradições do próprio parlamento, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), escolheu a manhã para apreciar a matéria. Desprevinidos, os manifestantes contrários à PEC protestaram contra o peemdebista.
[caption id="attachment_275558" align="alignleft" width="300" caption="Vândalo que colocou fogo em ônibus foi apreendido pela Polícia Militar"][fotografo]Divulgação/Secretaria de Segurança Pública[/fotografo][/caption]"É um absurdo que propostas como essa prosperem no Congresso Nacional. Nosso movimento foi esvaziado pelo adiantamento da votação, porém outros fatores como o esquema de segurança montado para coibir manifestantes também colaborou. Vieram oito ônibus com 42 pessoas cada. Mesmo com a aprovação, continuamos na luta e voltaremos quando a Reforma da Previdência for votada", afirmou Luís Sérgio, presidente do Sindicato dos Empregados dos Comércios de Araguari, de Uberlândia (MG).
ConfrontoRevoltados com as revistas da Polícia Militar, os manifestantes entraram em confronto e chegaram a atear fogo em um ônibus da empresa TCB na via S2, próximo à Câmara dos Deputados. O vandalismo foi transmitido ao vivo pela TV Record. Após a dispersão, o grupo foi para o setor central de Brasília, na área próxima à sede da TV Globo local e de outros veículos de imprensa.
No último boletim, divulgado às 19h10 desta terça-feira, a Secretaria de Segurança Pública informou que o confronto começou quando um grupo se negou a passar pela revista. Não há, até o momento, balanço com o número de feridos, depredações e detidos.
A exemplo do último dia 29, a polícia revidou com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha. Um helicóptero da PM monitora as manifestações e a segurança no Congresso Nacional está sob esquema especial. Segundo a Secretaria, "o reforço nas revistas pessoais possibilitou o recolhimento de diversos objetos cortantes e inflamáveis, como um pequeno botijão de gás, galão de combustível, canivete e máscaras". Materiais como máscaras, bolinhas de gude e mastros de bandeiras foram barrados pelos policiais.
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