Sérgio Cabral está preso desde novembro do ano passado
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[fotografo]Divulgação/Seap[/fotografo][/caption]
Após ficar preso na mesma ala do ex-governador do Rio de Janeiro,
Sérgio Cabral (PMDB), um presidiário denunciou as regalias recebidas pelo político dentro do presídio. Em entrevista à rádio
BandNews FM, o ex-detento - liberado nesta semana, por ser um crime de baixa periculosidade - contou detalhes da rotina do ex-governador. Segundo o relato, Cabral o come comida da prisão, recebe jornal diariamente e só fica dentro de sua cela quando os outros detentos estão em banho de sol. O restante do dia, fica solto.
A rotina de luxo para um penitenciário é uma realidade não só para Cabral, como para aliados do ex-governador também presos em Bangu 8. Mesmo com as regalias, o ex-detento conta que o ex-governador está muito abatido, mas é sempre educado e solícito com os companheiros.
Em sua cela, que Cabral divide com mais três pessoas, ele tem um colchão diferente dos usados pelos outros detentos, além de ventilador e um cooler - abastecido diariamente com dois sacos de gelo. Ao contrário dos demais, o ex-governador não usa o uniforme da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), mas apenas uma blusa branca e a calça da Seap, diz o relato.
As refeições de Cabral são diferentes, segundo a fonte da
BandNews FM. Os pratos são preparados especialmente para ele. "Via strogonoff, picanha, feijoada. Mas, churrasco e festinha não tem", conta o ex-detento. Por isso, as quentinhas da Seap que seriam de Cabral são jogadas fora.
O rapaz que contou os detalhes da vida de Cabral em Bangu 8 diz que ficava a cerca de dois metros de distância da cela do ex-governador. Conta, ainda, que tinha pouco contato com Cabral e falava com ele apenas para pedir o jornal emprestado.
A Secretaria de Administração Penitenciária nega veementemente o relato: "A informação não procede", diz em nota. Segundo a Seap, "a unidade prisional vem sendo fiscalizada constantemente pelo Ministério Público e Vara de Execuções Penais, que não constataram tais mordomias citadas".
Sérgio Cabral está preso desde novembro, quando foi deflagrada a
Operação Calicute, também desdobrada da Lava Jato. Na segunda-feira (13), ele passou mal e foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do complexo penitenciário. Após a realização de exames, ele foi liberado e passa bem.
Leia a íntegra da nota da Secretaria de Administração Penitenciária:
"A informação não procede. A unidade prisional vem sendo fiscalizada constantemente pelo Ministério Público e Vara de Execuções Penais, que não constataram tais mordomias citadas."
Ouça a íntegra da entrevista
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