[caption id="attachment_285344" align="aligncenter" width="580" caption="Temer pediu apoio ao Conselhão para aceitação da reforma da Previdência"]
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[fotografo]Agência Brasil[/fotografo][/caption]
O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (7) que críticos a reforma da Previdência são os que ganham acima do teto da Previdência. "Quem reclama é quem ganha muito mais, quem está muito acima desses tetos", disse em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), também conhecida como "Conselhão". O presidente aproveitou para pedir apoio à proposta de emenda à Constituição que estabelece novas regras para concessão da aposentadoria no Brasil.
De acordo com o presidente, pessoas que ganham salário mínimo não sofrerão impacto com a reforma. "63% dos brasileiros terão aposentadoria integral porque ganham um salário mínimo, lamento dizê-lo. Quem pode insurgir-se é um grupo de 27%, 37%. [...] Nós estamos preocupados com o futuro daqueles que vão receber pensão", disse Temer a um grupo de representantes de diversos setores da sociedade, incluindo empresários, trabalhadores e outros integrantes que compõe o Conselhão.
A proposta já foi enviada ao Congresso Nacional. O relator da PEC da Previdência na Câmara é o deputado Arthur Maia (PPS-BA). O texto apresentado exige 49 anos de contribuição para que o segurado consiga a aposentadoria integral, além disso iguala homens e mulheres na idade mínima de 65 anos para que tenham direito ao benefício.
Entre as alterações, a regra de transição proposta para quem está mais perto da aposentadoria, que beneficiaria mulheres com 45 anos ou mais e homens a partir dos 50, também é um dos pontos polêmicos. Apesar das críticas e resistências, Temer espera que a PEC seja aprovada na Câmara e no Senado ainda neste primeiro semestre.
Durante a reunião desta terça-feira (7), o presidente afirmou ainda que estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul estão quebrados por problemas na Previdência e ressaltou que a medida é uma maneira para garantir a prestação de serviços públicos. Aos opositores ao projeto, ele pediu que apresentem outra solução.
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